Após prisões, filmes piratas têm queda impressionante na internet (JGI/Jamie Grill/Getty Images)
Tamires Vitorio
Publicado em 9 de setembro de 2020 às 06h00.
O número de arquivos pirateados na internet caiu drasticamente após a prisão de membros do grupo de piratas americano Sparks. Segundo o site de notícias Torrentfreak, houve uma queda dramática de 91% em uploads de conteúdo pirateado em todas as categorias, como jogos, filmes e e-books. Antes das prisões, que aconteceram no final de agosto, somente no dia 19 foram realizados 1.944 novos lançamentos de produtos pirateados. Depois que os três membros foram presos, no entanto, o número caiu para 168 itens em um dia.
Se geralmente a pirataria é rápida na recuperação, o mesmo não aconteceu desta vez. Isso porque outros grupos piratas podem estar preocupados com as prisões que têm acontecido principalmente em países da Europa. O Sparks supostamente faz parte de uma comunidade ainda maior chamada de The Scene, que teme que as prisões podem ser "apenas o começo" de uma guerra contra os conteúdos piratas na web. No dia primeiro de setembro, a comunidade afirmou que 29 sites haviam sido derrubados.
Segundo um estudo realizado pela consultoria britânica MUSO, o Brasil era o quarto país que mais consumia pirataria em 2018, atrás somente dos Estados Unidos, da Rússia e da Índia. À época foram observadas mais de 300 bilhões de visitas a sites piratas no mundo todo.
Em 2015 aconteceu no Brasil a prisão dos responsáveis por um dos maiores sites de pirataria do país, o Mega Filmes HD. Segundo a Polícia Federal os donos do site que publicava filmes, séries e animes pirateados lucravam cerca de 70 mil reais por mês à época.