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Aplicativo para smartphones alerta para terremoto iminente

Sistema de alerta de terremotos (EAS, na sigla em inglês) é usado atualmente na Califórnia para detectar o avanço de um sismo

Smartphones à venda em Chicago: aplicativo é capaz de alertar para a ocorrência do fenômeno com antecedência de vários segundos a um minuto (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 16h02.

Rio de Janeiro - Um aplicativo para celulares inteligentes capaz de emitir alertas de terremoto até um minuto antes de começarem os tremores, dando às pessoas tempo para buscar abrigo, deve estar pronto em 2014, anunciaram cientistas no Fórum Mundial da Ciência, celebrado no Rio de Janeiro.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia apresentaram o projeto, atualmente nas primeiras fases de desenvolvimento, durante conferência sobre tecnologia para evitar catástrofes naturais, celebrada no World Science Forum 2013, que termina nesta quarta-feira no Rio.

O aplicativo se baseia em uma tecnologia similar ao sistema de alerta preparado pela equipe do professor Richard Allen, do departamento de Ciências Naturais e Planetárias e diretor do Laboratório Sismológico da Universidade de Berkeley na Califórnia (oeste dos EUA).

O sistema de alerta de terremotos (EAS, na sigla em inglês) é usado atualmente na Califórnia para detectar o avanço de um sismo.

Ele é capaz de alertar para a ocorrência do fenômeno com antecedência de vários segundos a um minuto, dependendo de onde o indivíduo esteja com relação ao epicentro.

Para isso, usa a primeira energia que o tremor irradia, a chamada energia de onda sísmica P, que raramente causa danos.

A tecnologia usa algoritmos para detectar rapidamente o início do terremoto, determinar sua potência e local, antecipar quando será o momento de maior intensidade e alertar a população potencialmente afetada. Os algoritmos usam dados de redes sísmicas regionais.


No caso dos aparelhos celulares, aqueles que estiverem no epicentro do terremoto não receberão o aviso. Mas os tremores detectados pelos dispositivos serão transmitidos em rede a outros aparelhos para que aqueles que estiverem a vários quilômetros de distância possam agir, coletando sistematicamente todos os dados fornecidos pelos dispositivos na nuvem para saber mais sobre o fenômeno, onde está acontecendo e como vai evoluir.

"Tudo o que precisamos é um telefone no epicentro do terremoto que o detecte e envie a informação 'senti uma sacudida, estou neste lugar' a um servidor. Há muitos telefones ao mesmo tempo fazendo isto, por isso o servidor determina o local e a magnitude do terremoto e envia avisos às pessoas que estão mais longe. Nestes avisos se inclui o tempo disponível até que se inicie a sacudida e qual será a intensidade dela", explicou Allen.

Neste intervalo, as pessoas podem correr para um local seguro, interromper os transportes ou uma atividade industrial, reduzindo assim os riscos.

O aplicativo usaria funções presentes nos 'smartphones', como os acelerômetros e giroscópios para determinar o movimento, GPS e Wi-Fi para identificar a localização onde se encontram o magnetômetro para indicar a orientação.

O software tenta aproveitar o fato de que existem 16 milhões de celulares inteligentes só na Califórnia e quase um bilhão no mundo, e que estes dispositivos têm grande conectividade.

O aplicativo será testado primeiro com milhares de usuários. Uma vez desenvolvido, será gratuito e de acesso com código livre.

O Fórum Mundial da Ciência, celebrado pela primeira vez fora de Budapeste, capital húngara onde é realizado desde sua instauração, em 2003, reúne a cada dois anos cientistas, tomadores de decisão, membros de organizações não governamentais, instituições educacionais e de fomento para discutir questões de política científica.

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Rio de Janeiro - Um aplicativo para celulares inteligentes capaz de emitir alertas de terremoto até um minuto antes de começarem os tremores, dando às pessoas tempo para buscar abrigo, deve estar pronto em 2014, anunciaram cientistas no Fórum Mundial da Ciência, celebrado no Rio de Janeiro.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia apresentaram o projeto, atualmente nas primeiras fases de desenvolvimento, durante conferência sobre tecnologia para evitar catástrofes naturais, celebrada no World Science Forum 2013, que termina nesta quarta-feira no Rio.

O aplicativo se baseia em uma tecnologia similar ao sistema de alerta preparado pela equipe do professor Richard Allen, do departamento de Ciências Naturais e Planetárias e diretor do Laboratório Sismológico da Universidade de Berkeley na Califórnia (oeste dos EUA).

O sistema de alerta de terremotos (EAS, na sigla em inglês) é usado atualmente na Califórnia para detectar o avanço de um sismo.

Ele é capaz de alertar para a ocorrência do fenômeno com antecedência de vários segundos a um minuto, dependendo de onde o indivíduo esteja com relação ao epicentro.

Para isso, usa a primeira energia que o tremor irradia, a chamada energia de onda sísmica P, que raramente causa danos.

A tecnologia usa algoritmos para detectar rapidamente o início do terremoto, determinar sua potência e local, antecipar quando será o momento de maior intensidade e alertar a população potencialmente afetada. Os algoritmos usam dados de redes sísmicas regionais.


No caso dos aparelhos celulares, aqueles que estiverem no epicentro do terremoto não receberão o aviso. Mas os tremores detectados pelos dispositivos serão transmitidos em rede a outros aparelhos para que aqueles que estiverem a vários quilômetros de distância possam agir, coletando sistematicamente todos os dados fornecidos pelos dispositivos na nuvem para saber mais sobre o fenômeno, onde está acontecendo e como vai evoluir.

"Tudo o que precisamos é um telefone no epicentro do terremoto que o detecte e envie a informação 'senti uma sacudida, estou neste lugar' a um servidor. Há muitos telefones ao mesmo tempo fazendo isto, por isso o servidor determina o local e a magnitude do terremoto e envia avisos às pessoas que estão mais longe. Nestes avisos se inclui o tempo disponível até que se inicie a sacudida e qual será a intensidade dela", explicou Allen.

Neste intervalo, as pessoas podem correr para um local seguro, interromper os transportes ou uma atividade industrial, reduzindo assim os riscos.

O aplicativo usaria funções presentes nos 'smartphones', como os acelerômetros e giroscópios para determinar o movimento, GPS e Wi-Fi para identificar a localização onde se encontram o magnetômetro para indicar a orientação.

O software tenta aproveitar o fato de que existem 16 milhões de celulares inteligentes só na Califórnia e quase um bilhão no mundo, e que estes dispositivos têm grande conectividade.

O aplicativo será testado primeiro com milhares de usuários. Uma vez desenvolvido, será gratuito e de acesso com código livre.

O Fórum Mundial da Ciência, celebrado pela primeira vez fora de Budapeste, capital húngara onde é realizado desde sua instauração, em 2003, reúne a cada dois anos cientistas, tomadores de decisão, membros de organizações não governamentais, instituições educacionais e de fomento para discutir questões de política científica.

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