Tecnologia

Analistas veem potencial de receita em busca do Facebook

Entretanto, nova ferramenta de busca não deve desafiar a supremacia do Google nas buscas de Internet

CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, apresenta a nova ferramenta de buscas da rede social durante evento na sede da companhia (Robert Galbraith)

CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, apresenta a nova ferramenta de buscas da rede social durante evento na sede da companhia (Robert Galbraith)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2013 às 12h12.

A nova ferramenta de busca do Facebook tem forte potencial de geração de receita para a companhia de redes sociais, mas não deve desafiar a supremacia do Google nas buscas de Internet, pelo menos no curto prazo, disseram analistas na quarta-feira.

A ferramenta "Graph Search" demonstrada na terça-feira permite que os usuários vasculhem os dados de sua lista de amigos para encontrar toda espécie de coisa, de restaurantes a recomendações de filmes, e representa a maior incursão do Facebook nas buscas online.

"Vemos algumas categorias de sugestões fortemente monetizáveis no Graph Search (restaurantes próximos, jogos), e deve ser fácil incorporar resultados comerciais de buscas, por meio da parceria entre o Facebook e o Bing", afirmou a BofA Merrill Lynch aos seus clientes em nota.

O Facebook no momento tem parceria com a Microsoft, cujo serviço de buscas Bing oferece resultados de busca em sites externos. A Microsoft também integra alguns resultados do Facebook aos retornos de busca do Bing.

A corretora estimou que o Facebook poderia ampliar sua receita anual em 500 milhões de dólares caso seja capaz de gerar um clique pago por usuário/ano, e elevou o preço-alvo para as ações da companhia em quatro dólares, para 35 dólares.

"No momento, não consideramos o Graph Search como ameaça ao Google nas buscas de Internet. No futuro, as buscas no Facebook podem concorrer com certas categorias de buscas do Google, como as buscas de lugares e mapas", afirmou a instituição.

O Google vem tentando combinar redes sociais e buscas há mais de um ano, integrando o serviço Google+ ao seu sistema de buscas.

As ações do Facebook estavam quase estáveis antes da abertura do pregão, na quarta-feira, porque o anúncio da ferramenta de busca ficou aquém de algumas previsões mais otimistas, incluindo a de que a empresa lançaria um smartphone próprio ou um programa de buscas na Internet.

As ações da companhia subiram em cerca de 50 por cento desde novembro, depois de meses de desempenho fraco em função dos problemas em sua oferta pública inicial, em maio na Nasdaq. Elas fecharam a 30,10 dólares, com queda de três por cento, na terça-feira.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookInternetRedes sociais

Mais de Tecnologia

Apple TV+ faz em um mês audiência que a Netflix faz em um dia

Alphabet registra lucro líquido de US$ 23,6 bilhões no segundo trimestre de 2024

Banco do Brasil se torna primeiro emissor Visa para pagamentos por aproximação nos relógios Garmin

CEO da CrowdStrike é convidado a depor no Senado dos EUA sobre falha que afetou PCs Windows

Mais na Exame