Tecnologia

Americanos comprarão mais tablets que TVs, diz Steve Koenig

Para o diretor de análise da indústria da Consumer Electronics Association, o mercado de televisão já está saturado

Associação da indústria de eletrônica de consumo prevê que em 2015 as vendas anuais cheguem a 50 milhões de unidades (Getty Images/Sean Gallup)

Associação da indústria de eletrônica de consumo prevê que em 2015 as vendas anuais cheguem a 50 milhões de unidades (Getty Images/Sean Gallup)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 15h50.

Las Vegas - As vendas de TVs estão em declínio nos EUA, e neste ano serão comercializadas mais unidades de tablets do que de aparelhos de TV no país.

As informações são do diretor de análise da indústria da CEA (Consumer Electronics Association), Steve Koenig, que falou nesta segunda, 9, durante o CES, em Las Vegas.

Isso se explica em parte pelo fato do mercado de TV já estar saturado, com grande penetração. "Os novos features, como 3D e TV conectada, não têm sido suficientes para fazer as pessoas trocarem os televisores que compraram há dois ou três anos, não têm apelo", disse. "As pessoas não gostam dos óculos (3D) e há pouco conteúdo", completou.

Segundo ele, os “suspeitos” pela “morte” da TV são mesmo os tablets e smartphones. Foram vendidos 30 milhões de tablets em 2011 nos EUA, e a associação da indústria de eletrônica de consumo prevê que em 2015 as vendas anuais cheguem a 50 milhões de unidades.

"É o produto de crescimento mais rápido da história da eletrônica de consumo", conta Koenig, "e terá muito impacto sobre a venda de TVs", completa. Ele lembra que no último Natal americano o Kindle Fire foi um dos presentes mais comprados. E estes tablets, segundo pesquisa da associação, são usados principalmente para o consumo de filmes, música, games e videoconferência, nesta ordem.

Já os smartphones venderam 90 milhões de unidades nos EUA em 2011. A projeção para 2012 é de 100 milhões de unidades, e para 2015 serão 140 milhões anuais.

Por isso, conta Koenig, a CEA advoga a cessão de mais frequências para as telecomunicações móveis, em detrimento do broadcast, para atender à demanda gerada por estes dispositivos.

Koenig diz que a CEA acredita que as TVs devem se recuperar na segunda metade desta década, quando haverá uma nova onda de troca de aparelhos.


Consumo

A CEA pesquisou os hábitos de consumo dos usuários em relação a conteúdos de vídeo. A TV, neste cenário, ainda domina. 93% dos pesquisados usam a TV para ver...TV. Mas, 49% das pessoas já usam o computador também como plataforma de vídeo. Em horas assistidas por semana, as TVs também ganham. O americano médio assiste a 6,6 horas de TV ao vivo ou gravada (DVR), contra 3,1 horas de DVD/Blu-ray, 2 horas de streaming de vídeo e 1 hora de vídeo digital (download).

A sala ainda é o local preferido para o consumo de vídeo. 87% dos pesquisados assistem TV na sala principal, contra 50% no quarto e 11% na cozinha. Banheiro e garagem ainda foram citados por 3% como locais onde assistem TV.

Apenas um terço das TVs conectadas estão efetivamente conectadas, ou seja, ligadas à Internet, conta Koenig, em contraste com 81% dos computadores e 74% dos smartphones.

Mas, perguntados sobre o que desejam para o futuro, 44% dos pesquisados responderam que gostariam de acessar a Internet pela TV. 39% gostariam de ver suas fotos e outros conteúdos na TV, 24% querem videoconferência e 34% gostariam de ter jogos online na TV. "Mas isso pode ser feito também com set-tops e consoles, não necessariamente com TVs conectadas", diz Koenig.

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