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Alta tecnologia resiste à crise no salão Cebit de Hanover

A edição deste ano do evento irá se concentrar na ação de compartilhar e na abertura a start-ups

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2013 às 21h44.

A alta tecnologia deu mostras de sua capacidade de resistir aos problemas econômicos e revolucionar nossa forma viver nesta segunda-feira, na abertura do maior salão mundial do setor, o Cebit, em Hanover, norte da Alemanha.

"Fizemos muito para estabilizar o euro, um pouco para consolidar os orçamentos, mas (...) ainda não encontramos um complemento do qual deve vir exatamente o crescimento. A indústria informática é uma possibilidade de crescimento", afirmou a chanceler alemã Angela Merkel durante a inauguração do salão.

"Nestas situações (econômicas) difíceis, a alta tecnologia é o melhor apoio à conjuntura", afirmou o presidente da Federação alemã de Alta Tecnologia (Bitkom), Dieter Kempf.

Na Alemanha, o setor deve crescer 1,4% em 2013, bem abaixo dos 2,2% de 2012, porém acima do crescimento de 0,4% com o qual o governo alemão conta por enquanto para o conjunto do país.

Os 153 bilhões de euros de renda esperados na Alemanha, assim como os 2,7 trilhões de euros com que se conta em nível mundial no campo da alta tecnologia, serão em grande parte gerados pelos smartphones e os tablets, assim como por suportes de software, especialmente relacionados com a gestão de dados pela internet (computação em nuvem).

Se a "computação em nuvem" e a segurança dos sistemas ainda dominam o interesse dos profissionais do setor, a edição 2013 do Cebit quer se concentrar na ação de compartilhar e na abertura.

Compartilhar com um novo tipo de economia aberta, baseada nas trocas e inspirada no auge das redes sociais. Isto, por sua vez, se tornou possível graças aos avanços tecnológicos em software, computadores, smartphones, afirmou Kempf.

A abertura às "start-ups" (novas empresas) se observa em Ásia e África, atores cada vez mais presentes na cena informática, mas também aos clientes de alta tecnologia, como o diretor-executivo da EADS, Tom Enders, primeiro industrial convidado a fazer o discurso inaugural.

Explicando a necessidade de segurança máxima de sua indústria, os múltiplos certificados necessários e os longos prazos para desenvolvimento e produção, o encarregado do EADS, que veio acompanhado de um robô espacial, destacou "o abismo" que ainda existe entre os avanços da indústria da informática e as necessidades do setor aeroespacial.

A chanceler insistiu na necessidade de que os desenvolvimentos tecnológicos "sejam acompanhados de desenvolvimentos sociais" e que sejam seguros.

Longe de sua época dourada, no começo dos anos 2000, o Cebit continua sendo, de longe, o evento mais importante de alta tecnologia com 4.000 expositores.

A partir de terça-feira, quando ocorrerá a inauguração oficial, os visitantes, que superaram os 300.000 no ano passado, poderão ver os 'gadgets' mais improváveis, de um carrinho de supermercado que se orienta nos corredores em função da lista de compras a um sofá que permite ao telespectador se exercitar enquanto assiste à televisão.

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