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Água que vaza de Fukushima é tão radioativa quanto em 2011

Tóquio - A Tokyo Electric Power (Tepco), empresa operadora da usina de Fukushima, disse neste sábado que a água radioativa que vazou no mar através dos porões do...

fukushima (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h27.

Tóquio - A Tokyo Electric Power (Tepco), empresa operadora da usina de Fukushima, disse neste sábado que a água radioativa que vazou no mar através dos porões do complexo tem os mesmos níveis de contaminação que os de logo depois do acidente de 2011.

A operadora revelou hoje que uma amostra de água recolhida na sexta-feira no subsolo do reator número 2 de Fukushima Daiichi contém 2,35 bilhões de becquereles de césio por litro, o que equivale ao nível de contaminação da água que vazou no mar um mês depois da catástrofe nuclear de março de 2011.

Em 22 de julho, a Tepco admitiu ter detectado pela primeira vez o vazamento de água radioativa ao mar a partir dos porões da central, que ficam bem na frente aos reatores. A empresa pediu desculpas e informou ter feito todo o possível para impedir que a água tóxica saísse da usina, e que considerava o volume de água derramado muito limitado.

A suspeita de vazamento de água radioativa surgiu depois de a Tepco ter detectado líquido contaminado nos poços de observação entre as unidades nucleares e o porto da central com até 9.000 becquereles por litro de césio-134 e 18.000 becquereles por litro de césio-137.

A principal preocupação nos trabalhos para fechar a central é a acumulação de água contaminada no subsolo dos edifícios que abrigam os reatores nucleares, volume que aumenta diariamente devido ao vazamento de água subterrânea proveniente das zonas contíguas.

Com o fim de isolar a água tóxica, a elétrica conta dentro do complexo nuclear com cerca de 1.000 contêineres de armazenamento. Após retirar o sal e as partículas radioativas, a operadora utiliza esta água para esfriar os reatores.

Desde o acidente nuclear de Fukushima, em 2011, considerado o pior desde Chernobyl, em 1986, cerca de 3.500 trabalhadores lutam diariamente na central japonesa para encerrar a crise atômica, um trabalho que, estima-se, acontecerá ainda pelos próximos 30 ou 40 anos.

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