Abemd cria regras para e-mail marketing não virar spam
Rotina das mais comuns hoje em dia, limpar a caixa de e-mail pode ficar mais fácil e ser uma tarefa menos trabalhosa. Não se trata de nenhuma ferramenta milagrosa, mas apenas bom senso. É isso que deseja a Abemd (Associação Brasileira de Marketing Direto) ao elaborar o "Boas maneiras nas ações de e-mail marketing". Os […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h17.
Rotina das mais comuns hoje em dia, limpar a caixa de e-mail pode ficar mais fácil e ser uma tarefa menos trabalhosa. Não se trata de nenhuma ferramenta milagrosa, mas apenas bom senso. É isso que deseja a Abemd (Associação Brasileira de Marketing Direto) ao elaborar o "Boas maneiras nas ações de e-mail marketing". Os nove itens divulgados nesta quinta-feira (25/7) pela entidade não pretendem ser regras, mas sim recomendações que transformam o e-mail em uma ferramenta ética e responsável para o marketing. "Não queremos regulamentações. Com nossas próprias recomendações, o uso do e-mail marketing pode se tornar muito mais responsável no Brasil", afirmou o presidente da entidade, Efraim Kapulski.
As recomendações da Abemd (veja abaixo) vão desde normas técnicas, como peso do arquivo, até o que fazer para evitar que a campanha de marketing seja considerada spam (e-mails não-desejados). Além disso, a empresa fará o recadastramento de listas e lançará a campanha e o serviço "Não quero receber ofertas por...." e "Quero receber ofertas por..." (leia texto ao lado).
Para Antônio Rosa Neto, da Dainet Midia e vice-presidente da Abemd, o mundo todo caminha para as melhores práticas e seria natural que isso chegasse ao e-mail. "A medida que o investimento em publicidade tradicional diminui, é fundamental que se criem condições e conhecimento para que a internet permita a interação do usuário em tempo real e de forma ética", disse.
Recentemente, a AMI (Associação de Mídia Interativa) propôs também a criação de um comitê para discutir o assunto. E vai criar até o Código de Ética e Melhores Práticas de e-mail marketing, que deve ser divulgado em breve. Durante o evento da Abemd, Antonio Carlos Carletto, diretor-geral da Ogilvy One, propôs que as duas entidades trabalhassem juntas nesse assunto, criando uma comissão interassociativa.
A publicidade na web
O investimento publicitário em 2002 no Brasil foi de 13 bilhões de reais, o que já representa 1% do PIB (Produto Interno Bruto). Para o publicitário Antônio Rosa Neto, da Dainet Mídia, esse percentual já coloca o Brasil no mesmo patamar dos países mais ricos. "Japão e Alemanha investem 2% do PIB em publicidade", afirmou ele. A grande diferença observada por ele é que, apesar de nos últimos anos o investimento publicitário ter se mantido estável, a internet tem abocanhado mais investimentos das empresas. "Pode nem ser objetivamente em verba publicitária, mas no desenvolvimento de ferramentas e produtos exclusivos para a internet e para a marca da empresa", afirmou ele durante o evento realizado pela Abemd. "A internet trabalha a marca e permite a interação", completou Carletto.
Boas maneiras
Leia abaixo a íntegra das normas de e-mail marketing da Abemd.
A Associação Brasileira de Marketing Direto (Abemd) elaborou esta relação de Boas maneiras para contribuir na estruturação de ações de e-mail marketing. Trata-se de uma série de recomendações que conduzem a uma utilização ética, pertinente e responsável do e-mail como ferramenta de marketing. Estas orientações se fundamentam no respeito aos destinatários das ações e, também, no uso adequado da internet, o que certamente contribuirá para as empresas alcançarem os resultados desejados e construírem um relacionamento sólido e de confiança mútua com clientes e prospects.
Quando é a pessoa quem procura a empresa, o campo onde é feita a opção pelo recebimento da mensagem deve estar visível e com descrição clara do produto ou serviço oferecido.
Quando é a empresa quem procura a pessoa, tratando-se do primeiro contato deve-se informar como foi possível chegar a ela, explicitar o produto ou serviço oferecido e apresentar de forma visível a alternativa opt in. Se a pessoa não responder o e-mail com essa alternativa assinalada, deve-se entender que não deseja receber novas mensagens.