. (Mark Stone/University of Washington/Divulgação)
São Paulo - Os benefícios do uso de drones no ambiente rural já são muito difundidos, indo da realização de plantações em áreas extensas até o controle de pragas. O tamanho atual dos dispositivos e a energia consumida – a maioria só consegue voar por cerca de 20 minutos sem precisar ser recarregado – estimulam os pesquisadores a buscar alternativas ao drone para o agronegócio.
Engenheiros da Universidade de Washington anunciaram neste mês a criação de um sistema de sensores que utilizam o ciclo natural de vida das abelhas para monitorar informações de temperatura, umidade e intensidade da luz.
O sistema, chamado Living IoT, permite coletar mais de sete horas de dados quando afixados na parte de trás das abelhas.
Os zangões - nome dado às abelhas do gênero Bombus - pesam entre 150 e 200 miligramas e conseguem carregar cargas do seu próprio tamanho ou até maiores.
O Living IoT pesa 102 miligramas, sendo dois terços o peso da bateria, e um terço o peso dos sensores de monitoramento.
Veja abaixo o vídeo de divulgação do Living IoT. A reportagem continua na sequência:
A bateria é recarregada por um sistema sem fio quando as abelhas retornam ao ambiente da colmeia.
Ao mesmo tempo, os sensores transferem os dados coletados - a capacidade de armazenamento é de 30 KB - para liberar espaço dos dispositivos usados pelas abelhas.
Por enquanto, o Living IoT não é capaz de realizar filmagens ou atividades mais complexas, como as que já são feitas pelos drones, porém a equipe está animada com os resultados.
Os pesquisadores também deixam claro que não causam danos aos insetos. “Nós seguimos os melhores métodos para cuidar e lidar com essas criaturas”, observou o engenheiro elétrico Vikram Iyer em um comunicado de imprensa.