8 livros essencias sobre tecnologia
Livros fundamentais para conhecer os grandes personagens do mundo da tecnologia e saber o que esperar do futuro
Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2012 às 08h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h21.
São Paulo — Os últimos lançamentos de livros revelando os bastidores de grandes empresas do mundo da tecnologia, como "Nos Bastidores da Apple " de Adam Lashinsky, aguçam a curiosidade de todos – e não somente a de especialistas da área – sobre quem são, o que pensam e fazem os reis do Vale do Silício. Para conhecer um pouco mais desse mundo de muita inovação, mas também recheado de concorrência e polêmicas, EXAME.com listou oito livros essenciais. As obras escolhidas contam desde histórias pessoais dos fundadores até especulações sobre o futuro da tecnologia, passando pelos bastidores das grandes empresas do momento: Apple, Google , Facebook e Amazon . Clique nas fotos para ver os livros e divirta-se!
Que Steve Jobs era um homem de personalidade forte e polêmica, todo mundo já sabe. Mas Adam Lashinsky traz uma nova leva de revelações fascinantes sobre o fundador da Apple no recém lançado “Nos Bastidores da Apple” (Editora Saraiva, 2012). Lashinsky retrata um Steve Jobs extremamente controlador no comando da Apple, decidindo desde a publicidade criada na empresa até os participantes de reuniões ultrassecretas. O autor questiona o modelo de gestão aplicado por Jobs no comando da empresa que vai completamente contra o que se prega nos cursos de MBA. “A Apple é uma empresa cujos métodos vão contra décadas de máximas de gestão estabelecidas. É como se a empresa não prestasse atenção no que estavam ensinando nas escolas de administração e negócios”, escreve. Ele conta também o que os executivos da Apple chamam de “tempero secreto”. Isto é,os sistemas e as estratégias que permitiram que Steve Jobs e sua empresa produzissem sucessos como Mac, iPod, iPhone e iPad.
O livro“ 64 Things You Need to Know Now for Then: How to Face the Digital Future without Fear ” (“64 Coisas que você deve saber: Como enfrentar o futuro digital sem medo” – ed. Hodder & Stoughton; ainda sem edição em português) trata do impacto da evolução tecnológica na política, na sociedade, nos negócios e na vida pessoal de cada um. Mas logo de cara ele já avisa os perigos da futurologia: “escrever um livro sobre o futuro é, em muitos aspectos, fútil. Não há a menor chance de construir uma narrativa que vá se tornar verdadeira”. O jornalista britânico Ben Hammersley, editor especial da revista Wired inglesa, escreve em 64 capítulos independentes sobre 64 coisas que precisamos saber pra encarar o futuro sem medo. Ele começa falando da Lei de Moore que trata da constatação de Gordon Moore, um dos fundadores da Intel, de que o poder dos chips digitais dobra a cada dois anos. Entre os outros 63 assuntos levantados por ele estão compras coletivas, acesso a dados do governo e o futuro da mídia. Ele explica em cada um deles como a Lei de Moore transforma a vid pessoal, as relações sociais, as estruturas de poder e os negócios.
Douglas Edwards, ex-diretor de marketing do consumidor e gerenciamento de marca do Google entre 1999 e 2005, conta no livro “Estou com sorte – confissões do funcionário número 59 do google” (Editora Novo Conceito, 2012) detalhes do dia a dia da corporação. Quando Edwards entrou o Google não passava de mais uma startup do Vale do Silício. Ele viu de perto, e conta no livro, os hábitos de trabalho que levaram ao seu desenvolvimento gigantesco e de que maneira cada um dos problemas eram sempre vistos como solucionáveis. Ele fala também do ambiente de trabalho irreverente pelo qual a empresa é conhecida e exemplifica com sua própria entrevista de trabalho, quando Sergey Brin , cofundador do Google, apareceu usando roupas de hóquei. "'Vou te dar cinco minutos. Quando voltar, quero que me explique algo complicado que eu ainda não saiba.' Então ele foi embora patinando para a lanchonete.", conta.
" Nos Bastidores da Amazon – O jeito Jeff Bezos de revolucionar mercados com apenas um clique" (ed. Saraiva, 2012) conta como Jeff Bezos montou a Amazon, a maior multinacional de comércio eletrônico do mundo. O jornalista Richard L. Brandt relata a história da empresa e do empreendedor, tentando mostrar como pensa e trabalha Bezos. Sem pode falar diretamente com o personagem mais importante do livro (que se negou a dar entrevistas a ele), Brandt foi atrás de empregados da Amazon, concorrentes e observadores para poder escrever sobre ele e sobre o impacto do empreendimento em outras empresas de varejo. O livro traz também muitas lições sobre como montar uma empresa e fazê-la prospertar, baseadas no modo de agir de Bezos. Na edição original em inglês, o livro se chama "One Click – Jeff Bezos and the rise of Amazon.com". O título enfatiza a importância da patente do método de compra com um único clique para a Amazon se diferenciar das empresas concorrentes. Sua origem está no desejo de Bezos de tornar a compra tão simples quanto possível. Em 1997, o programador Peri Hartman ouviu de Bezos que os clientes deveriam clicar em apenas um lugar e a compra estaria feita. Criou, então, o sistema que fico conhecido como 1-Click.
Escrito por Walter Isaacson, diretor-geral do Instituto Aspen e ex-editor da revista americana Time, “Steve Jobs“ (Companhia das Letras, 2011) relata a vida do confundador da Apple, do estúdio de animação Pixar e pai do Macintosh, iPhone, iPod e iPad que morreu no ano passado, aos 56 anos, após lutar contra o câncer de pâncreas. Isaacson fez mais de 40 entrevistas com Steve Jobs , ao longo de dois anos, para escrever o livro. Além de entrevistas com mais de 100 familiares, amigos, adversários e concorrentes. Embora tenha cooperado com a obra, Jobs não fez nenhuma ressalva ao conteúdo e não estabeleceu nenhum limite ao entrevistador e aos entrevistados. Queria que todos falassem com franqueza. O motivo: queria que seus filhos o conhecessem. “Eu nem sempre estava presente, e queria que eles soubessem o porquê disso e entendessem o que fiz”, disse a Isaacson. O livro narra a vida do inovador empresário, conhecido também por sua personalidade forte e polêmica, que revolucinou seis grandes indústrias: a computação pessoal, o cinema de animação, a música, a telefonia móvel, a computação e a edição digital.
Em “A Física do Futuro – Como a Ciência Moldará o Destino Humano e o Nosso Cotidiano em 2100” (Editora Rocco, 2012), o físico e professor da Universidade da Cidade de Nova York, Michio Kaku, tenta derrubar mitos e confirmar previsões para o futuro que têm chances de se tornarem reais. Para isso, Kaku fez mais de 300 entrevistas com outros cientistas que já estão fazendo o futuro em seus laboratórios. O resultado é uma descrição dos desenvolvimentos revolucionários nos campos da medicina, computação, inteligência artificial, nanotecnologia, produção de energia e na astronáutica. Para dar credibilidade às suas apostas, o físico utiliza princípios científicos rigorosos, avaliando a taxa em que determinadas tecnologias tendem a amadurecer, quão longe eles podem avançar, quais as suas limitações e os riscos de cada um. Entre as previsões apresentadas, ele conta que em 2100 seremos capazes de controlar computadores com minúsculos sensores cerebrais e, como mágicos, mover objetos com o poder da mente.
Escrito por David Kirkpatrick, ex-editor sênior de Internet e Tecnologia da revista americana Fortune, “O Efeito Facebook: os bastidores da história da empresa que conecta o mundo” (Editora Intrínseca, 2011) conta a história da companhia na versão de Mark Zuckerberg . Para escrever o livro, Kirkpatrick permaneceu em contato com o fundador do Facebook durante um ano e meio, quando se encontraram seis vezes. O autor também tomou como base muitas entrevistas com diretores da empresa. O livro apresenta uma defesa de Zuckerberg na briga com ex-companheiros dos primórdios do Facebook, da época de Harvard – como o brasileiro Eduardo Saverin, co-fundador da rede. Além do perfil de seu fundador, o autor explica alguns dos efeitos do Facebook pelo mundo, descrevendo as inovações que o fizeram ser um sucesso mundial, tendo papel fundamental na política, nos negócios, na mídia, em mobilizações sociais e na privacidade das pessoas.
Crowdsourcing é um modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet para resolver problemas, criar conteúdo, soluções e até desenvolver novas tecnologias. São pessoas comuns, que usam seus momentos livres para cooperar. Exemplos do que pode gerar são o sistema operacional Linux e o navegador Firefox . O termo foi identificado pela primeira vez pelo jornalista e autor do livro “Crowdsourcing – Como o Poder da Multidão Impulsiona o Futuro dos Negócios”, Jeff Howe. Na obra, ele descreve o processo pelo qual o poder da multidão pode se aproveitado para realizar tarefas que antes eram de especialistas. No crowdsourcing, o que importa é a qualidade do trabalho e não o currículo. Howe apresenta as consequencias positivas e as negativas desse novo fenômeno através de exemplos reais, mostrando as implicações econômicas, culturais e políticas.
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