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Qual seria o melhor investimento de renda fixa hoje?

Internauta procura um investimento diferente da poupança e pergunta qual seria a melhor opção de renda fixa hoje


	Cofre com barras de ouro: Especialistas respondem quais opções de renda fixa são boas alternativas à poupança hoje
 (Cathy Yeulet/ThinkStock)

Cofre com barras de ouro: Especialistas respondem quais opções de renda fixa são boas alternativas à poupança hoje (Cathy Yeulet/ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2015 às 06h00.

Dúvida do internauta: Sou estudante de jornalismo e gostaria de saber qual é o melhor investimento na renda fixa hoje, pois sei que poupança não é uma das melhores opções. Gostaria de entender o que é e como funciona a LFT (Letra Financeira do Tesouro, que agora se chama Tesouro Selic)  e o Tesouro Direto

Resposta de Samy Dana e Alex del Giglio*:

Infelizmente, é muito difícil recomendar atualmente a melhor alternativa de investimento em renda fixa, pois estamos diante de diversas incertezas quanto ao futuro da economia doméstica e internacional.

De todo modo, o investimento mais indicado sempre dependerá de alguns fatores intrínsecos, tais como objetivos do investidor, horizonte de investimento e perfil de risco.

Em nosso país, temos privilegiado e indicado investimentos de curto prazo e do segmento de renda fixa, devido aos fatores de incerteza e em função da deterioração de alguns fundamentos macroeconômicos.

Dentro dessa perspectiva, podemos elencar alguns investimentos de renda fixa como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e títulos do Tesouro Direto, como você mesmo citou. Esses investimentos possuem baixo risco e remuneração superior à radicional caderneta de poupança.

O Tesouro Direto é o programa de venda de títulos públicos online a pessoas físicas e foi desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria com a BM&FBovespa.

Para o Governo Federal é uma forma de obter recursos para financiamento da dívida pública. Para o investidor é uma forma de emprestar dinheiro ao governo em troca de uma boa remuneração. O programa oferece títulos de curto, médio e longo prazo.

Para ser um investidor, existem algumas regras. O investidor precisa apresentar o número de CPF e se cadastrar em uma instituição bancária ou em uma corretora de valores que esteja devidamente habilitada pela Secretaria do Tesouro Nacional.

O próximo passo será receber uma senha de acesso para fazer suas operações pela internet. A Secretaria do Tesouro disponibiliza em seu site o nome das instituições habilitadas para a transação.

Todos os títulos negociados no Tesouro Direto possuem um prazo de vencimento. Antes do vencimento, o investidor pode realizar o resgate do recurso, porém precisa estar ciente de que o valor pode ser maior ou menor do que o contratado na data de investimento. Para receber a taxa combinada, o investidor deve ficar com o título até o final do prazo.

Os dois títulos do Tesouro Direto que recomendamos para você são:

LFT / Tesouro Selic - Título com rentabilidade diária vinculada à taxa Selic. Nesse caso, o investidor não sabe exatamente qual será sua rentabilidade no final do período. Ele é indicado nos casos em que a expectativa é de que a taxa de juros suba ou permaneça num patamar elevado. Além disso, é o papel mais conservador do Tesouro Direto, sendo apropriado para aqueles que possuem perfil conservador ou são iniciantes no Tesouro Direto.

NTN-B / Tesouro IPCA - Título com rentabilidade vinculada à variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação “oficial” do país), acrescida de juros. Esse tipo de título é indicado em momentos nos quais existe a expectativa de que a inflação aumente, garantindo rentabilidade real acima da inflação.

Bons Investimentos!

(*) Samy Dana é Ph.D. em Business, professor da FGV e coordenador do Núcleo de Cultura e Criatividade GV Cult. É consultor de empresas nacionais e internacionais dos setores real e financeiro e de órgãos governamentais, além de autor de livros de finanças pessoais. Esta resposta foi escrita em parceria com Alex Del Giglio, economista pela Univerisidade de São Paulo (USP), com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestrado em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda., com sede em Manaus.

Envie suas dúvidas sobre planejamento financeiro e investimentos para seudinheiro_exame@abril.com.br.

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