Ruas quase vazias na Times Square, Nova York, em meados de junho: estranha sensação de inquietude na maior cidade americana (Jeenah Moon/Bloomberg/Getty Images)
A reabertura de Nova York já completou um mês e meio, mas caminhar pelas ruas da cidade ainda dá uma estranha sensação de inquietude. Os engarrafamentos perenes sumiram. A trilha sonora exasperante das buzinas está mais quieta. Sobra espaço nas calçadas de Midtown, normalmente disputadas por nova-iorquinos apressados e turistas contemplativos. Peças e musicais só retornarão aos teatros da Broadway em 2021. Muitos restaurantes seguem fechados, e ninguém sabe quais vão reabrir quando os salões internos puderem voltar a operar. Num sábado recente, a região do Greenwich Village, uma das mais agitadas da noite de Manhattan, estava às moscas. Alguns poucos bares serviam clientes na calçada, mas nada parecido com a energia boêmia habitual do bairro. A cidade que não dorme parece estar num estado de hibernação.