Revista Exame

Dados & ideias — Brasileiro terá salário maior, mas ainda baixo

O brasileiro que estiver na ativa em 2040 deverá ganhar, em termos reais, 73% a mais que a média de salário pago no país atualmente

Fila de desempregados: o salário médio do brasileiro deve crescer em duas décadas, mas nem tanto quanto em outros países emergentes | Willian Moreira/Futura Press /

Fila de desempregados: o salário médio do brasileiro deve crescer em duas décadas, mas nem tanto quanto em outros países emergentes | Willian Moreira/Futura Press /

AJ

André Jankavski

Publicado em 28 de fevereiro de 2019 às 05h18.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2019 às 05h18.

O brasileiro que estiver na ativa no ano de 2040 poderá ter uma boa notícia e outra ruim ao receber o holerite. O lado positivo é que ele deve ganhar em termos reais 73% a mais que a média de salário pago no país atualmente. Uma pesquisa da consultoria britânica PwC, feita em 22 países, calcula que o salário médio do brasileiro poderá alcançar 1.159 dólares, ante os 669 pagos em 2017.

A notícia ruim é que o aumento no Brasil ficará bem atrás do que deve ocorrer em outros países emergentes. Quem lidera o levantamento é a Índia, com projeção de 222% de aumento, seguida de Malásia (184%), Indonésia (176%) e China (145%). “Se o Brasil fizer reformas, com evolução nas leis trabalhistas e tributárias, e investir em melhoria da produtividade, a valorização pode até dobrar”, diz Sérgio Alexandre, sócio da PwC Brasil.

Se as melhorias não vierem nos próximos anos, o salário médio no Brasil poderá ser superado pelo da Rússia, do México e da Malásia até 2040. Como alento, a remuneração no Brasil deverá crescer mais do que nos países desenvolvidos. Mesmo assim, ainda deverá equivaler a 30% do valor recebido por um trabalhador no Reino Unido ou a 22% na Coreia do Sul, país que pode ter a maior média salarial daqui a duas décadas.


Loja da Apple: a assistente digital Siri é vista pela empresa como uma forma de ficar mais próxima dos consumidores | Stuart C. Wilson/Getty Images

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Para entender o cliente

A atenção dos consumidores é um bem cada vez mais escasso. As empresas sabem bem disso e têm apostado nas novas tecnologias para prolongar interações com os clientes. Dos 300 profissionais de empresas globais ouvidos para uma pesquisa da agência americana de marketing digital iProspect, 60% acreditam que a inteligência artificial na interação com o consumidor aumenta a confiança nas marcas, pois cria experiências mais relevantes e personalizadas. A maioria dos marqueteiros também diz que os assistentes digitais — caso da Siri, embarcada no iPhone — são uma oportunidade para entender os clientes. Como estão nos smartphones, essas ferramentas podem ajudar as empresas a estabelecer conexões mais profundas com os consumidores.

*Com reportagem de Natália Flach.
Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraInteligência artificialSalários

Mais de Revista Exame

Aprenda a receber convidados com muito estilo

"Conseguimos equilibrar sustentabilidade e preço", diz CEO da Riachuelo

Direto do forno: as novidades na cena gastronômica

A festa antes da festa: escolha os looks certos para o Réveillon