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Executivos decidiram tomar uma atitude diante do fato de que quase não havia negros entre os 250 funcionários da J. Walter Thompson

Wunderman Thompson: 20% de funcionários pretos e pardos até o fim de 2020  (Leandro Fonseca/Exame)

Wunderman Thompson: 20% de funcionários pretos e pardos até o fim de 2020 (Leandro Fonseca/Exame)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 04h38.

Última atualização em 7 de novembro de 2019 às 16h52.

Em agosto de 2016, dois executivos da agência de publicidade J. Walter Thompson — Ricardo John, então vice-presidente de criação, e Andrea Assef, diretora de comunicação — decidiram tomar uma atitude diante do fato de que quase não havia negros entre os 250 funcionários da empresa.

Para reduzir a desproporção, a dupla, junto com o presidente na época, buscou exemplos dentro e fora do setor. Foi preciso aprender como e com quem falar para alcançar candidatos à contratação. “Todos os funcionários passaram a aprender sobre o tema e uma meta foi estabelecida”, diz Andrea. Não há cota, mas naquele momento ficou acertado que 20% do quadro geral de funcionários deveria ser composto de pretos e pardos até 2020.

Quando o programa começou de fato, em junho de 2017, a parcela de negros era de apenas 3%. Um primeiro programa de estágio foi estruturado para a contratação de dez jovens negros.

De lá para cá, para todos os cargos anunciados existe uma regra: eles são também compartilhados com a consultoria EmpregueAfro, apresentada por Raphaella Martins, na época gerente de contas da agência. Hoje a J. Walter Thompson tem 24 estagiários negros e 12 efetivos.

Com a fusão global com a Wunderman, há dois meses, o total de funcionários dobrou. “O desafio ficou maior, mas nossa meta percentual continua a mesma”, diz Pedro Reiss, presidente da Wunderman Thompson.

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