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Taninos verdes: pauta ecológica é o desafio do momento no mercado de vinhos

Do plantio no vinhedo ao vinho no copo, a jornada ambientalmente responsável a percorrer é longa e desafiadora, mas possível

São enormes os desafios que temos à frente para praticar uma viticultura “verde”. A começar pela gestão sustentável da água (Catarina Bessell/Exame)

São enormes os desafios que temos à frente para praticar uma viticultura “verde”. A começar pela gestão sustentável da água (Catarina Bessell/Exame)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2022 às 06h00.

As mudanças climáticas e seus efeitos negativos vêm sendo amplamente anunciados por cientistas, técnicos e instituições, demandando uma resposta consciente e imediata da sociedade e da indústria em geral. Tanto que, nos últimos anos, nota-se o crescimento das indústrias de alimentos orgânicos e veganos, cuja popularidade aumenta na medida da urgência em que atendem a práticas socioambientais politicamente corretas.

Inovação e harmonia natural podem coexistir de modo a priorizar práticas de agricultura orgânica e sustentável, que atenderão a estilos de vida saudáveis ​​com foco em equilíbrio e biodiversidade. Nesse aspecto, a viticultura é um nicho que ainda avança a passos modestos na pauta ecológica. De acordo com as estatísticas, apenas 5% da área de vinhedos do mundo é produzida usando tecnologias seguras para a natureza.

A produção orgânica por práticas biodinâmicas unidas a tecnologias modernas no manejo da vinha, estas, por sua vez, decorrentes de pesquisas com embasamento científico, provou ser um caminho sem volta para os que nela apostaram. E, apesar de ainda engatinhar, já reúne alguns exemplos de práticas bem-sucedidas. Some-se a isso a importância da conservação dos recursos naturais e da biodiversidade, o respeito pela autenticidade sociocultural das comunidades que integram o entorno da vinha e a preservação de seu patrimônio cultural, material e imaterial.

São enormes os desafios que temos à frente para praticar uma viticultura “verde”. A começar pela gestão sustentável da água. Como alcançar, por exemplo a eficiência hídrica em pelo menos grande parte dos processos até chegar ao conceito “zero waste”? Como diminuir a dependência do consumo de combustíveis fósseis? Como eliminar o desperdício alimentar e gerir os resíduos industriais? Quais práticas regenerativas para manejar flora, fauna e solos das vinhas são possíveis e eficazes? Ou seja, quais são as práticas e soluções para atender uma agenda ESG no mundo do vinho? As questões são infinitas e exigem respostas rápidas e eficientes.

Além do pilar ambiental, as companhias produtoras devem contemplar o relacionamento com consumidores, fornecedores, clientes, comunidade e seus colaboradores, com os quais será realizado um trabalho de médio prazo para alcançar a sustentabilidade com cada grupo de interesse.

Do plantio no vinhedo ao vinho no copo, a jornada a percorrer é longa e desafiadora, mas possível.  

(Divulgação)

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