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Qual é o melhor cartão de crédito?

Dez pontos que você não pode deixar de levar em conta na hora de escolher o plástico que mais se adapta às suas necessidades

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 11h27.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2021 às 18h41.

Nos últimos tempos, você provavelmente tem sido assediado para tornar-se portador de um novo cartão de crédito. Com a queda da inflação, o cartão voltou a ser aceito pelo comércio e a concorrência entre os emissores tornou-se muito mais acirrada. Cada emissor quer convencê-lo de que o seu cartão é melhor do que os demais. Além disso, daqui para a frente, os bancos vão deixar o cliente optar pela bandeira de sua preferência: Visa, MasterCard, American Express, Diners ou Sollo. Até agora, cada banco podia trabalhar apenas com o cartão de uma bandeira. Sem reserva de mercado, vale tudo para conquistar o consumidor. A questão, com tantas opções, é qual cartão é o melhor. A saída é portar um de cada bandeira? Provavelmente, não. Antes de decidir com quantos e com quais você quer ficar, analise as vantagens e as suas necessidades. Eis aqui dez pontos que você deve considerar antes de escolher o cartão que lhe convém:

1- As centrais de atendimento 24 horas podem ser um gargalo.

Faça um teste para saber se você realmente pode contar com o serviço de atendimento para solucionar seus problemas rapidamente. Ligue para a administradora para obter uma informação simples, como o valor da anuidade. Se você conseguir ser atendido em até 5 minutos em horário de pico (na hora do almoço, por exemplo) já é um bom sinal. A demora no atendimento pode resultar em sérios transtornos, como juros pelo atraso no pagamento da fatura que não chegou pelo correio ou uma gorda conta no final do mês se o seu cartão foi roubado e você só conseguiu avisar a administradora um dia depois.

2- Ter vários cartões pode não ser a melhor alternativa.

Na era da superinflação, valia a pena ter vários cartões para adiar pagamentos e manter o dinheiro da compra no mercado financeiro. Com a moeda estabilizada, o custo da anuidade passou a pesar mais. A introdução de programas de descontos também estimula a escolha daquele que mais se encaixa em seu perfil de consumo. Há cartões para todos os gostos, como os que oferecem descontos em viagens e em compras de carro.

3- Todos os programas de bônus são iguais, mas uns são melhores que outros.

Nos programas de bônus, todos os gastos efetuados com o cartão são transformados em descontos em compras ou em milhagem. Se você quiser, por exemplo, obter desconto na compra de um carro zero-quilômetro, a melhor opção é associar-se a um cartão lançado em parceria com uma montadora, como o da General Motors com o Banco de Boston, o da Fiat com a MasterCard ou os da Volkswagen e da Ford com a Bradesco/Visa. O cliente acumula um percentual de suas compras em pontos, convertidos em bônus. Estes, por sua vez, são transformados em desconto na compra de um carro zero. O mesmo ocorre com os cartões da Tam, American Airlines ou United Airlines. Em geral, cada real gasto em compras é transformado em 1 milha. É possível também ter descontos em uma infinidade de produtos e serviços. A American Express implantou o programa Membership Rewards para quem quer maior flexibilidade. O usuário pode descarregar os bônus em lojas, restaurantes, hotéis e companhias aéreas credenciadas. Alguns bancos estão revertendo os gastos com os seus cartões em descontos progressivos em tarifas de serviços bancários. Comparados com outros programas, no entanto, esse não tem muito charme.

4- Ajudar o seu time preferido não lhe traz benefícios diretos.

O programa de afinidade reverte parte da anuidade e dos gastos efetuados no cartão para um clube ou fundação sem fins lucrativos, mas não oferece vantagens financeiras ao usuário. Quem quiser contribuir para engordar o caixa do Corinthians, por exemplo, poderá concentrar seus gastos no cartão do timão. O mesmo pode ser feito por ecologistas, com o cartão SOS Mata Atlântica.

5- As taxas de juro cobradas pelas administradoras nos financiamentos podem ser decisivas para o seu bolso.

O parcelamento de compras feitas com cartão pode ser uma opção mais cômoda do que preencher vários cheques ou ficar aguardando a aprovação do financiamento na loja, com aquele funcionário ligando para seus parentes e amigos para checar se você é você mesmo. Mas antes pergunte qual a taxa de juro que a administradora do seu cartão está cobrando pelo parcelamento. As taxas são prefixadas, ou seja, o consumidor fica sabendo antes quanto vai pagar, e definidas pela administradora conforme o custo de captação do dinheiro no período. No crédito rotativo, aquele em que o consumidor rola a dívida sem saber quanto vai pagar depois, as taxas estão oscilando atualmente entre 9% e 15% ao mês. Nos financiamentos diretos, as lojas cobram, em média, de 8% a 10% ao mês.

6- No exterior, o melhor é sacar direto de sua conta corrente

Em geral, as administradoras não cobram juros sobre os saques em dinheiro feitos fora do país. Mas é claro que há um custo por essa facilidade. A dívida será convertida em reais pelo câmbio da moeda utilizada e as administradoras cobrarão uma taxa de corretagem, que pode variar entre 1% e 2% sobre o valor sacado ou uma taxa fixa entre 2 e 3 reais para cada transação. Se o seu banco tem agências no exterior ou cartão magnético com a função de débito interligado a uma das redes mundiais de caixas eletrônicos você economizará sacando diretamente da sua conta corrente. Se o saque for efetuado no Brasil, as taxas de juro podem chegar a até 14% ao mês.

7- Todas as administradoras cobram juros por atrasos no pagamento da fatura, mas nem todas cobram multas.

Cada administrador tem uma política para punir os inadimplentes. Juros todas cobram. Multa, nem todas. As administradoras ligadas ao Bradesco e ao Banco do Brasil não cobram multa. O Real cobra 10% de quem atrasar mais de sete dias, além do juro. No BFB, a multa é de apenas 1% sobre o valor total da fatura. A Credicard, que também administra o Diners, cobra multa de 10% por apenas um dia de atraso.

8- Os benefícios muitas vezes são pagos.

Os benefícios diferem de acordo com a modalidade de cartão que se possua. Alguns cartões internacionais, na versão ouro, por exemplo, oferecem serviço de reserva e entrega de ingressos de shows no Brasil e no exterior. Mas nem todos são de graça. O Diners cobra 20 reais para entregar ingressos de eventos no exterior e nove reais para shows no Brasil. A Bradesco entrega os ingressos gratuitamente, mas apenas para os clientes de seu cartão gold. Há também outras vantagens. O portador do Diners pode utilizar as salas Vip de aeroportos. Os portadores do cartão Unibanco/Visa podem acionar um guincho por uma simples pane mecânica ou elétrica no carro. A assistência em viagens também varia. Nos cartões convencionais, normalmente, são oferecidos serviços simples, como localização de bagagem e assistência médica para urgências. Nos do tipo ouro, o cliente tem mais benefícios, como seguro de acidentes pessoais, repatriamento de corpos em caso de morte e assistência médica, odontológica e jurídica.

9- Quem não quiser pagar anuidade é só mudar de cartão a cada ano.

Com o aumento da concorrência, existem hoje administradoras que, para estimular suas vendas, não cobram a primeira anuidade. É o caso principalmente dos chamados cartões de afinidade e dos co-branded, que oferecem programas de bônus. A segunda anuidade, porém, pode ser mais cara do que a dos cartões convencionais dos bancos por agregar benefícios adicionais. Mas se você não quiser pagá-la é só cancelar o seu cartão e aderir a um outro, que ofereça o mesmo benefício no primeiro ano. Os cartões tradicionais, emitidos pelos bancos, também podem sair de graça, mas apenas se os gastos no ano ultrapassarem, em média, 10 000 reais.

10- Nem todos os cartões são aceitos em todos os lugares.

Antes de decidir qual é o cartão que melhor atende às suas necessidades, é bom checar se ele é bem aceito pelos comerciantes, no Brasil e no país de destino. Os cartões das bandeiras Visa e MasterCard têm ampla aceitação em praticamente todos os países.

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