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Para melhorar a qualidade de vida dos idosos

A Central Nacional Unimed desenvolve atividades para quem tem mais de 60 anos, e promove a capacitação de cuidadores para reduzir o custo da saúde

 (oneinchpunch/Thinkstock)

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Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 16 de novembro de 2017 às 05h02.

Última atualização em 16 de novembro de 2017 às 05h02.

A Central Nacional Unimed resolveu se debruçar sobre a questão da longevidade na sociedade brasileira. Estudou a política nacional do idoso. E buscou ser um agente na discussão dessa questão tão complexa. O objetivo é encontrar maneiras de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e, por tabela, contribuir para reduzir o custo da saúde. “Todos nós brasileiros temos de enfrentar o tema da longevidade no país”, diz Alexandre Augusto Ruschi Filho, presidente da organização, com sede em quatro estados e cerca de 4 000 funcionários. Para ele, é urgente fazer uma reflexão sobre o modelo demográfico brasileiro.

Apesar de ser uma empresa que opera basicamente com plano de saúde empresarial — a média etária dos conveniados é de 29 anos —, a Unimed tem uma massa significativa de idosos. São 60 000 acima de 60 anos de idade. Com essa inquietude em relação à população mais velha e ao seu futuro, a instituição resolveu adotar medidas práticas. Começou com um projeto social em 2013, o Unimed Ativa, por meio de um programa gratuito aberto à comunidade que oferece propostas de qualidade de vida e também cursos de formação de cuidadores de idosos.

Foram criadas oficinas com palestras sobre prevenção de quedas, um dos maiores problemas dos idosos, e outras questões que promovam a capacidade funcional das pessoas mais velhas. O projeto funciona em São Paulo, próximo ao metrô Artur Alvim, no extremo da zona leste da capital paulista, com média de presença de 80%, em parceria com o Instituto Energia, que realiza as atividades. “Precisamos resgatar a sociabilidade do idoso”, diz Ruschi Filho.

A Central Unimed também mantém o programa “Especialista em você: integralidade na saúde”. Trata-se de um projeto de orientação por telefone. Os idosos podem fazer consultas com geriatras e gerontologistas, além de uma equipe multidisciplinar. Em 2017, há 5 000 pessoas inscritas no projeto e os resultados são muito bons. Houve redução de 43% do número de internações e, consequentemente, do custo assistencial. “A longevidade leva a um aumento do custo assistencial: 15 vezes mais do que um jovem”, afirma o presidente da Central Unimed.

De acordo com o executivo, no ano que vem, os planos são implantar os projetos nas Unimeds associadas de todo Brasil, principalmente o de capacitação de cuidadores — neste ano, 200 profissionais foram formados. “Também estamos discutindo parcerias com prefeituras”, diz Ruschi Filho.

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