Revista Exame

Número de indicados inéditos ao Oscar é o maior dos últimos dez anos

A premiação terá o maior número de primeiras indicações nas principais categorias individuais

Viola Davis, de A Voz Suprema do Blues: Oscar anterior como coadjuvante (Divulgação/Divulgação)

Viola Davis, de A Voz Suprema do Blues: Oscar anterior como coadjuvante (Divulgação/Divulgação)

Ivan Padilla

Ivan Padilla

Publicado em 15 de abril de 2021 às 05h19.

Última atualização em 16 de abril de 2021 às 17h22.

A 93a cerimônia de entrega do Oscar, em 25 de abril, já será bem diferente por causa da pandemia. Não haverá plateia cheia — apenas os concorrentes deverão estar presentes. Também haverá divisão de locais: além do Dolby Theater, sede da cerimônia desde 2002, haverá outro palco principal na Union Station, também em Los Angeles, e dois secundários em Londres e Paris. Quanto às premiações dos melhores do cinema, outra mudança de tom: o número de indicados inéditos nas cinco principais categorias individuais é o maior dos últimos dez anos.

São 16 novatos entre os 25 (cinco em cada uma) concorrentes aos prêmios de direção, ator, atriz, ator coadjuvante e atriz coadjuvante. Ou seja, 64% de calouros no total. A maior marca anterior foi de 12 nos Oscars de 2015, 2016, 2018 e 2019.

Neste ano, apenas cinco ganhadores anteriores da estatueta dourada disputam essas cinco categorias principais. No ano passado, foram dez — e dois voltaram a vencer (embora Brad Pitt, melhor coadjuvante de 2020, tivesse um Oscar anterior como produtor, não por atuação).

Cada categoria tem suas sutilezas, simpatias e antipatias, compensações e influência das tendências do momento. Vejamos como o balanço de indicações desde 2011 pode afetar cada uma delas.

Direção — A chinesa Chloé Zhao pode levar com seu segundo filme americano, Nomadland. O americano de ascendência corea­na Lee Isaac Chung concorre com Minari. Correm por fora a inglesa Eme­ra­ld­ Fennell por Bela Vingança e o dinamarquês Thomas Vinterberg por Druk.

Ator — Esta edição terá dois veteranos vencedores de peso, Anthony Hopkins (Meu Pai) e Gary Oldman (Mank). Chadwick Boseman pode levar um Oscar póstumo por A Voz Suprema do Blues. As revelações Riz Ahmed (O Som do Silêncio) e Steven Yeun (Minari) têm chances.

Atriz — Frances McDormand, de Nomadland, tenta o tri. Viola Davis, de A Voz Suprema do Blues, ganhou como coadjuvante. Carey Mulligan, de Bela Vingança, já foi indicada. Estreias de Andra Day, de The United States vs. Billie Holiday, e Vanessa Kirby, de Pieces of a Woman.

Ator coadjuvante — Daniel Kaluuya, de Judas e o Messias Negro, concorreu em 2018. As estreias como ator são de Sacha Baron Cohen, de Os 7 de Chicago. Leslie Odom Jr., de A Voz Suprema do Blues, LaKeith Stanfield, de Judas e o Messias Negro, e Paul Raci, por O Som do Silêncio.

(Arte/Exame)


MÚSICA

De volta ao violão 

A Vida em Cores com David Attenborough | Série de David Attenborough | (três episódios) | Netflix | Estreia em 22/4 (Divulgação/Divulgação)

A pandemia trancou em casa o cantor e compositor pernambucano Alceu Valença e, aos 74 anos, ele redescobriu a alegria de tocar violão. Numa torrente criativa, gravou três álbuns e já planejou mais um, todos com releituras de músicas antigas e composições novas.

O primeiro a vir a público é Sem Pensar no Amanhã, com a inédita faixa-título e versões de clássicos dele, como La Belle de Jour, Estação da Luz e Táxi Lunar. 


LIVRO

Novo retrato  do Rei Roberto 

Roberto Carlos: Por Isso Essa Voz Tamanha | Livro de Jotabê Medeiros | Todavia | R$ 84,90 (impresso) | R$ 49,90 (e-book) (Divulgação/Divulgação)

Roberto Carlos é um biografável complicado, capaz de obter na Justiça a proibição de Roberto Carlos em Detalhes, obra de 2006 do sério pesquisador (e fã autodeclarado) Paulo Cesar de Araújo. Neste mês em que o Rei completa 80 anos no dia 19, surge outro livro que busca uma análise artística e comportamental do cantor: Roberto Carlos: Por Isso Essa Voz Tamanha, do tarimbado jornalista musical Jotabê Medeiros, que já escreveu biografias competentes de Belchior e Raul Seixas. 


Cores selvagens

Documentário em três episódios traz toda a intensidade da paleta do mundo animal | Marcelo Orozco

A Vida em Cores com David Attenborough | Série de David Attenborough | (três episódios) | Netflix | Estreia em 22/4 (Divulgação/Divulgação)

O apresentador e naturalista inglês David Attenborough, que completará 95 anos em maio, segue incansável.Notório por seus documentários sobre o mundo animal para a BBC britânica, seu novo trabalho explorou o avanço tecnológico das câmeras de vídeo para captar cores mais ricas (algumas impossíveis para um humano captar a olho nu). A Vida em Cores com David Attenborough, coprodução da BBC com a Netflix em três episódios, terá estreia mundial na plataforma de streaming em 22 de abril.

Com imagens fascinantes, Attenborough explica como os animais usam cores para proteção contra predadores, criação de identidade dentro de seu grupo ou conquista sexual, entre outras razões. 

De pavões e tigres a zebras e insetos, os bichos são vistos com uma riqueza de detalhes e uma explosão de cores nunca antes percebidas. Uma pequena série documental que vale tanto pelas imagens quanto pelo conteúdo educacional.  

Acompanhe tudo sobre:Atores e atrizesFilmesLivrosOscarSériesSéries americanas

Mais de Revista Exame

A tecnologia ajuda ou prejudica a diversidade?

Os "sem dress code": você se lembra a última vez que usou uma gravata no trabalho?

Golpes já incluem até máscaras em alta resolução para driblar reconhecimento facial

Você maratona, eles lucram: veja o que está por trás dos algoritmos