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Visão Global | Onda verde e liberal no Parlamento Europeu

Nas eleições para o Parlamento Europeu os resultados preliminares revelaram bom desempenho dos partidos verdes e dos liberais

Eleição do Parlamento Europeu: novo equilíbrio de forças e alívio para os defensores da integração europeia | Niall Carson/PA Images/Getty Images /

Eleição do Parlamento Europeu: novo equilíbrio de forças e alívio para os defensores da integração europeia | Niall Carson/PA Images/Getty Images /

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 6 de junho de 2019 às 05h04.

Última atualização em 25 de junho de 2019 às 16h04.

Eleitores dos 28 países-membros da União Europeia foram às urnas entre os dias 23 e 26 de maio para escolher o novo Parlamento Europeu, composto de 751 assentos, distribuídos hoje entre oito grupos políticos, além dos independentes. Os resultados, ainda preliminares, revelaram o bom desempenho dos partidos verdes e dos liberais.

Segundo as projeções, os ambientalistas (Verdes) devem passar de 50 para 74 cadeiras, enquanto a aliança liberal (Alde&R) subir de 67 para 105. Esses números vão posicioná-los entre as maiores forças, atrás apenas do Partido do Povo Europeu (EPP), de centro-direita, e da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), de centro-esquerda. Tanto o EPP quanto o S&D continuam fortes, mas perderam apoio popular. O primeiro verá o número de suas cadeiras diminuir de 221 para 179, e o segundo deverá cair de 191 para 153. Ainda assim, a maioria parlamentar seguirá com os partidos pró-Europa.

Entre os nacionalistas e eurocéticos, a expectativa de uma presença esmagadora na nova legislatura não se confirmou. Houve avanços, mas sem muito vigor e impulsionados por triunfos dos partidos de Marine Le Pen, na França, Matteo Salvini, na Itália, e Nigel Farage, no Reino Unido. As eleições de 2019 eram vistas como cruciais para o futuro da integração europeia, ameaçada por governos nacionalistas e eurocéticos de vários países. A integridade europeia parece protegida — pelo menos até a próxima eleição, em 2024.


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