Revista Exame

"Gympass" da leitura atinge receita de R$ 100 milhões com livros digitais

A paulista Skeelo oferece livros, histórias em quadrinhos e até minilivros para os clientes das principais operadoras do País; ela acaba de comprar a Skoob, rede social para leitores com 10 milhões de usuários

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 21 de novembro de 2024 às 06h00.

Última atualização em 21 de novembro de 2024 às 13h47.

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Fazer academia e terapia já são benefícios comuns nas empresas brasileiras. Mas que tal ter acesso a uma biblioteca com 250.000 livros, todos a um clique de distância? Essa é a proposta da paulista Skeelo, uma “Gympass” (que agora é Wellhub) dos e-books e audiolivros.

Criada em 2019, a startup cresceu ao fechar parcerias com empresas e com as principais operadoras de telecomunicação do país.

Telefônicas como Vivo e Claro passaram a dar aos seus clientes o acesso a esse portfólio quase infinito de obras, pagando a Skeelo por isso. A empresa também vende direto ao consumidor final em planos mensais.

Nessa toada, entre clientes de telefônicas, funcionários beneficiados e aficionados por leitura, já garantiu uma receita de 100 milhões de reais e 180 milhões de livros baixados.

“O celular permite que as pessoas leiam e ouçam onde estiverem, seja no trânsito, seja na academia”, diz Rodrigo Meinberg, presidente da Skeelo.

Rafael Lunes e Rodrigo Meinberg, fundadores da Skeelo: “Queremos que a leitura seja acessível, onde e como o leitor preferir” (Germano Lüders/Exame)

Para continuar crescendo, mesmo num setor desafiador — para dizer o mínimo —, as estratégias vão de desenvolvimento de minilivros para “o leitor com pouco tempo” a histórias em quadrinhos voltadas para o público geek.

Há também muito conteúdo de romance, o mais lido por ali. Outra tendência que vai crescendo são os audiolivros. Hoje, eles representam cerca de 30% do consumo no aplicativo.

Em 2025, a empresa planeja expandir sua presença na América Latina, com foco inicial na Argentina e no México. E também ganhar fôlego com uma rede social dedicada à leitura. É a Skoob, comprada pela Skeelo neste ano.

A aquisição coloca a startup numa posição única: pela primeira vez, uma plataforma de e-books adquire uma comunidade fiel de cerca de 10 milhões de leitores.

O desafio é mesclar bem os dois grupos, e, para isso, serão feitas melhorias nas plataformas e ofertas que levem o consumidor a ter os dois aplicativos instalados, interagindo entre um e outro.

Se depender da Skeelo, o acesso à leitura será tão simples quanto fazer login em uma rede social.

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