Revista Exame

O novo melhor ano da Gerdau: como a empresa chegou ao lucro líquido de R$ 15,5 bi

A Gerdau aproveita a forte demanda por aço para abrir novas frentes

O CEO Gustavo Werneck: “o aço não tem substituto" (Leandro Fonseca/Exame)

O CEO Gustavo Werneck: “o aço não tem substituto" (Leandro Fonseca/Exame)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2022 às 06h00.

“Também contamos com um pouquinho de sorte, né? A demanda por aço não arrefeceu.” Assim Gustavo ­Werneck, CEO da Gerdau, avalia o desempenho recorde da siderúrgica em 2021, com lucro líquido de 15,5 bilhões de reais, ante os 2,3 bilhões de 2020, e receita líquida de 78,3 bilhões de reais, um aumento de 80% em relação ao exercício anterior.

A temporada de 2021 foi a melhor da história da siderúrgica, que já havia sido eleita a Empresa do Ano na edição passada de MELHORES E MAIORES.

Não foi apenas sorte, claro. A siderúrgica reduziu seu endividamento ao menor nível da última década, relação de 0,2 vez entre dívida líquida e Ebitda. Também concentrou esforços na operação americana, investiu 3 bilhões de reais em tecnologia e em fontes alternativas de energia, e ainda reforçou a estratégia de diversificação de negócios com empresas como a Next, para acelerar a transformação digital da Gerdau.

A Next se apoia em três pilares de negócio: logística, energia e construção. O primeiro, representado pela G2L, nasceu da experiência da própria Gerdau como embarcadora de cargas. Na área de energia, fez uma parceria com a Shell para construir parques eólicos em Minas Gerais. Também investiu na construtech Brasil ao Cubo, especializada em construção modular (off-site), que teve papel fundamental na pandemia na montagem de hospitais e centros de saúde.

“É o aço que vai financiar o crescimento das verticais da Next”, diz Werneck. “Ainda não há substituto para o aço no mundo.”

AS MELHORES DO SETOR

Pontuação
da Empresa
Posição
por Receita
EmpresaReceita 2021(1)Receita 2020(1)Lucro Líq. 2021(1)Patrim. Líq. 2021(1)Ativo Total 2021(1)Cidade-SedeEstado
1 9,13 12Gerdau 78.345.081  43.518.500  15.558.938  42.815.649  73.814.613 São PauloSP
2 8,83 15ArcelorMittal 69.002.322  33.439.619  13.688.579  21.371.451  61.062.641 Belo HorizonteMG
3 7,99 3Vale 293.524.000  206.098.000  133.827.000  197.058.000  499.128.000 Rio de JaneiroRJ
4 7,43 67CBMM 11.431.710  6.975.426  4.501.932  1.630.310  13.128.668 São PauloSP
5 7,43 137Belgo Arames 5.442.591  3.296.494  1.466.367  1.899.621  2.879.701 ContagemMG
6 7,32 19CSN 47.912.039  30.064.020  13.595.621  23.374.389  79.379.103 Volta RedondaRJ
7 7,30 27Usiminas 33.737.000  16.088.000  10.059.954  24.358.503  39.481.569 Belo HorizonteMG
8 7,21 226Panatlântica 2.668.221  1.436.306  293.347  854.350  1.992.069 GravataíRS
9 7,20 411Minasligas 962.392  618.234  319.748  496.068  1.017.220 PiraporaMG
10 7,20 409Maringá Ferro-Liga 963.301  496.938  330.037  723.746  900.549 São PauloSP

(1) Valores em milhares de reais. Para a colocação das empresas foram considerados: resultados contábeis-financeiros (ROE – Retorno Sobre o Patrimônio Líquido, Roce – Retorno Sobre o Capital Empregado, ILS – Índice de Liquidez Seca, D/E – Alavancagem); crescimento de 2020 e 2021; ESG (sete indicadores ambientais, sete indicadores sociais e sete indicadores de governança).
Mais detalhes podem ser conferidos no site
mm.exame.com


(Publicidade/Exame)

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