Imagem do projeto em Trancoso: abertura no dia 26 de dezembro (Divulgação/Divulgação)
Ivan Padilla
Publicado em 16 de dezembro de 2021 às 05h39.
Última atualização em 16 de dezembro de 2021 às 07h53.
A estratégia de expansão dos hotéis Fasano é bastante clara: estar nas principais capitais brasileiras e, no caso dos resorts, fincar o guarda-sol nos destinos de férias mais procurados pelo segmento de alto poder aquisitivo. “Dentro desse nosso plano, Trancoso era o Fasano que faltava”, afirma Constantino Bittencourt, sócio-diretor do grupo. Antigo vilarejo hippie dos anos 1970, Trancoso virou, na última década, local de veraneio de um jet set que chega em jatos particulares e passeia com sandálias Chanel pelos gramados do Quadrado, o centro local, delimitado por lojas de decoração, restaurantes sofisticados e a charmosa igreja de São João Batista.
A esperada inauguração do Hotel Fasano Trancoso, antecipada aqui pela Casual EXAME, está marcada para o dia 26 de dezembro. A expectativa era grande. O contrato com os sócios foi assinado em 2008. A demora aconteceu por problemas de regulamentação ambiental e, mais recentemente, pela pandemia. O investimento de 150 milhões de reais veio dos investidores suecos da Bahia Beach. O Fasano, que faz parte da JHSF, entra com a operação — e, claro, o selo que já virou sinônimo de excelência em hospitalidade.
O novo Fasano fica na Praia de Itapororoca, uma das mais charmosas da região, ao lado do Espelho. É o segundo hotel do grupo pé na areia — o outro é o de Angra dos Reis. Tem 40 bangalôs individuais, com terraço privativo com espreguiçadeiras no piso superior, com tamanho entre 60 e 206 metros quadrados. Os maiores contam com sala de estar e dois quartos. O arquiteto Isay Weinfeld assina o projeto, assim como os de São Paulo e de Punta del Este, no Uruguai. O preço das diárias parte de 2.000 reais. O complexo conta ainda com 23 villas e 29 lotes para construções particulares, em que os moradores podem usufruir dos serviços do hotel.
Assim como em outros hotéis da rede estão presentes tijolos e outros materiais rústicos. O toque da cultura local fica por conta de detalhes, como o telhado coberto por piaçava. O hotel oferece spa com terapias variadas, além de um restaurante sob o comando do chef Zé Branco, com pratos de frutos do mar e a tradição da gastronomia italiana.
De acordo com Bittencourt, o Fasano será uma opção intermediária na região em capacidade, entre as pousadas butiques e o Club Med. Ele acredita na vocação internacional do hotel, assim como na unidade de Punta. “Estimo que um terço da ocupação será de estrangeiros”, afirma. E já dá pistas do próximo investimento do grupo na hotelaria: “Será também na Bahia, a 1 hora e meia de Salvador, em parceria com um grupo espanhol. É mais um sinal da nossa aposta no Nordeste e no turismo nacional.”