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Mais do que chatbots: Woopi, da Stefanini, se reposiciona para ampliar serviços com AI generativa

Na Woopi, empresa do Grupo Stefanini, a IA está por trás de novos produtos e serviços

Alex Winetzki, da Woopi: é impressionante a capacidade do sistema de tomada de decisão (Stefanini/Divulgação)

Alex Winetzki, da Woopi: é impressionante a capacidade do sistema de tomada de decisão (Stefanini/Divulgação)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 25 de maio de 2023 às 06h00.

O atendimento via robôs virtuais, também conhecidos pelo termo em inglês chatbots, deve ganhar muito com a inteligência artificial adotada em ferramentas como o ChatGPT. Há dois ganhos potenciais. Um deles é a agilidade: treinar o robô para consertar bugs em linhas de código de algoritmos convencionais, como os dos primeiros chatbots, leva semanas. Já na inteligência generativa, capaz de gerar a própria linguagem de programação, a função pode ser resolvida em dias. 

Em paralelo, por ser mais potente e intuitiva, a nova tecnologia consegue emular com mais facilidade os pormenores da comunicação humana — incluindo aí demonstrações de emoção por parte da máquina, por exemplo. “Tudo isso pode romper com aquela sensação mecânica tão comum nos chat­bots tradicionais”, diz Alex Winetzki, CEO da Woopi, startup comprada pelo gigante de outsourcing Stefanini em 2012 e, de lá para cá, um braço do grupo para inteligência artificial. 

As novas interações

O alvoroço causado pelo ­Chat­GPT fez o time de Winetzki ampliar o ritmo de testes sobre usos possíveis da tecnologia para ganho de produtividade no grupo. Alguns exemplos: no time de inovação, a IA generativa está antecipando cenários sobre produtos ainda em fase de testes — para, assim, encurtar o período de bugs. 

Há ainda experimentos em áreas com potencial de virar negócios para a Woopi. Em saúde, a empresa testa o uso da IA na gestão de grandes bancos de dados de prontuários médicos para buscar modelos de eficiência a serem repetidos em série. No meio jurídico, a IA está sendo testada para reduzir a pilha de processos judiciais. Recentemente, a tecnologia detectou que um processo ainda em aberto não poderia seguir adiante porque o acusado havia falecido — e o caso todo tinhaperdido a razão de ser. “Isso que é impressionante, a capacidade do sistema de tomada de decisão”, diz Winetzki. 

Desde o avanço do ChatGPT, a Woopi quer deixar de ser uma empresa de chatbots para ser conhecida como uma consultoria de processamento de linguagem. Os novos projetos prometem um salto nas receitas da empresa. Em 2023, a expectativa de faturamento é de 18 milhões de reais — 64% acima do ano passado.  


(Publicidade/Exame)

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