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Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook: ele quer saber tudo sobre você (Robyn Twomey/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 11h38.
Entre os grandes feitos do inglês G.M. Trevelyan, um dos maiores historiadores britânicos de todos os tempos, está a descoberta de uma alteração na arquitetura de mansões e palácios ingleses do século 17. Estudos das construções da época trouxeram indícios de que as salas de estar - tradicionalmente os maiores cômodos das casas e principal lugar de convívio dos moradores - começaram, em certo momento, a diminuir de tamanho. Enquanto isso, os quartos, espaços privativos, ganhavam dimensões cada vez maiores. Para os ingleses daquele tempo, o cômodo separado era a garantia de poder compartilhar momentos privados apenas com quem quisesse. Ao lado de outras transformações que tiveram origem na Revolução Industrial, no século 18, a anedota dos quartos e das salas ilustra como se deu, nos tempos modernos, o desenvolvimento do conceito de privacidade. Séculos mais tarde, a web transferiu para o espaço virtual práticas e costumes existentes nas relações de privacidade entre familiares, amigos e conhecidos. De início, as primeiras ferramentas tinham relação direta com formas de comunicação mais antigas. Um e-mail era pouco diferente de uma carta enviada pelo correio. A separação entre quartos e salas parecia muito clara também no ambiente virtual. E aí vieram as redes sociais.