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No home office, é necessário mais confiança e menos vigilância

Novos modelos de trabalho são uma oportunidade para as empresas testarem sua cultura

Trabalho remoto: hoje, os gestores precisam ter novos parâmetros de produtividade (FG Trade/Getty Images)

Trabalho remoto: hoje, os gestores precisam ter novos parâmetros de produtividade (FG Trade/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2022 às 06h00.

Última atualização em 4 de outubro de 2022 às 18h16.

A discussão mais inflamada sobre o mercado de trabalho deste ano começou no TikTok, com um vídeo em que um usuário americano afirmava que “a vida não é só trabalho”. Foi o estopim para a disseminação do termo quiet quitting. Em resumo, o jargão em inglês trata do comportamento de quem faz o mínimo possível no cargo, limitando-se a cumprir o que seu contrato estipula.

O assunto foi abordado sob diversos aspectos, em infindáveis discussões nas redes sociais. Alguns especialistas entendem ser apenas um nome novo para uma questão antiga, outros classificam o ato como reação à exploração por parte das empresas. Inevitável, no entanto, associar a suposta falta de motivação dos colaboradores às mudanças no mundo do trabalho decorrentes da pandemia.

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A adoção do home office ou de formatos híbridos tem sido um ponto de debate entre colaboradores e, consequentemente, líderes das companhias. Há quem defenda a liberdade do horário flexível; há quem lembre, com razão, da dificuldade em disseminar uma cultura corporativa pelo notebook. Todos os argumentos são válidos, mas perde a empresa que se recusa a dialogar. Washington Botelho, presidente da JLL Work Dynamics para a América Latina, escreve em artigo para esta edição que, se antes o gestor assegurava a assiduidade do colaborador pelo cartão de ponto, agora precisa de outros parâmetros para medir a produtividade.

Trata-se de praticar uma gestão com menos vigilância e mais confiança. A vantagem é que novos recursos em tecnologia têm surgido. O consultor Rafael Torales, um dos entrevistados desta edição, destaca a necessidade de estruturar uma comunicação assídua, com mais contexto e mais recursos de audiovisual. Segundo ele, o trabalho remoto é um amplificador dos valores de uma empresa. Se algo não estiver funcionando, aquilo vai ficar escancarado — e ajustes serão necessários.

No fim, o que todos querem é transitar entre as possibilidades, ter as necessidades ouvidas, contar com mais suporte. Isso tornará os ambientes mais acolhedores — e os resultados, certamente, vão refletir esse novo contexto.



 


 

(Publicidade/Exame)

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