Juliana Ferraz, sócia da Holding Clube: “O Carnaval é só uma parcela do que somos” (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Negócios e PME
Publicado em 16 de fevereiro de 2023 às 06h00.
A empresa de eventos Holding Clube criou um ícone do Carnaval do Rio de Janeiro: o Camarote No 1. Aberto em 1991, pelo empresário José Victor Oliva, como Camarote Brahma, o espaço virou rapidamente um dos mais disputados da Sapucaí. De lá para cá, a Holding desdobrou o negócio original em seis, todos em maior ou menor grau ligados a marketing em eventos: Samba, Cross Networking, Storymakers, Auíri, Roda e Banco.
Tudo isso em razão de um diagnóstico, lá atrás, de que só com a diversificação dos negócios, e a geração de receitas fora do período de Carnaval, seria possível ter uma estratégia sustentável no longo prazo.
A pandemia comprovou a premissa. Com sambódromos fechados, a Holding Clube dependeu da criatividade dos sócios — os eventos online garantiram bons resultados. Passado o teste de fogo da covid-19, a Holding Clube avançou em outros eventos: na Copa do Catar, a empresa abriu o Torcida No 1, espaço em São Paulo para assistir aos jogos.
Em paralelo, entrou no negócio de licenciamento de marcas. Recentemente, a No 1 lançou uma edição especial de óculos de sol em parceria com a marca brasileira Tuc Glasses e uma coleção de chinelos com a Brizza, marca da Arezzo.
Por trás da estratégia está a visão de que os consumidores estão refinados, o que exige um relacionamento mais estreito o ano todo. “Hoje o camarote do Carnaval é só uma parcela do que somos”, diz Juliana Ferraz, sócia e diretora de negócios da Holding Clube.
Para continuar crescendo, a Holding se prepara para atender grandes públicos em outras festividades e regiões do Brasil, como no São João de diversas cidades do Nordeste. Além disso, vai apostar no lançamento de mais linhas de produtos, como acessórios e roupas, de forma contínua. “O olhar hoje é para perpetuar o Camarote No 1, conseguindo se aproximar de um novo público. Iremos aonde ele está”, diz. Em 2023, a Holding espera receita de 330 milhões de reais, 10% mais do que em 2022.
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