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Hóspedes de volta?

Em meio à pandemia, hotéis de luxo reabrem com reservas lotadas e promessas de dias melhores

Turista relaxa em resort: pesquisas apontam intenção de retomar viagens (getty images/Getty Images)

Turista relaxa em resort: pesquisas apontam intenção de retomar viagens (getty images/Getty Images)

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Matheus Doliveira

Publicado em 27 de agosto de 2020 às 05h41.

A rede mineira de hotelaria Tauá Hotéis está prestes a realizar um feito digno de nota. Em setembro, o grupo vai inaugurar seu quinto resort de alto padrão, em Alexânia, Goiás. O empreendimento de 160 milhões de reais estava previsto para junho, mas teve de ser adiado você sabe por quê. O mais novo endereço do Centro-Oeste chama a atenção pelo porte — 400 suítes e mais de 13.000 metros quadrados de área de lazer — e pelo momento difícil para o setor. Será?
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, até junho o segmento acumulava perdas de 90 bilhões de reais. Ainda assim, uma pesquisa recente da Vivo Ads, que entrevistou 24.000 brasileiros, revelou que 59% das pessoas pretendem viajar após a pandemia. Em outro estudo da consultoria Cap Amazon, 55% dos entrevistados disseram crer que a retomada do turismo doméstico será mais rápida.

Esses turistas já estão voltando a ocupar os hotéis, principalmente os de alto padrão. “O perfil é o do cliente que costumava fazer viagens internacionais”, afirma o consultor Carlos Ferreirinha. “O Unique Garden de Mairiporã está lotado, o Fasano Boa Vista também, a Fazenda Capoava, o hotel Ponta dos Ganchos. O Nannai de Fernando de Noronha só será inaugurado em dezembro e está com as reservas lotadas.”

Com a inauguração em Goiás, a Tauá, que nasceu como empresa familiar em 1986, estará presente em cinco endereços. Em Atibaia, no interior de São Paulo, o resort possui um parque aquático interno com piscinas aquecidas. Em 2010, o grupo assumiu o Grande Hotel Termas de Araxá, considerado o maior castelo do Brasil. “Em junho, 50% dos hóspedes eram novos clientes, que haviam mudado os planos por causa da pandemia”, diz Daniel Ribeiro, presidente do grupo, que prevê fechar 2020 com faturamento de 225 milhões de reais, ante os 278 milhões do ano passado. A expectativa para 2021 é crescer para 360 milhões de reais.

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