Revista Exame

Futebol na veia de presidentes de empresa

Em ano de copa, é difícil encontrar alguém que se mantenha alheio ao evento — seja contra, seja a favor. Mas há pessoas que não precisam esperar pelo mundial para demonstrar sua paixão

Rogério Zampronha, presidente da Schneider (Germano Lüders/EXAME)

Rogério Zampronha, presidente da Schneider (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2014 às 15h39.

São Paulo - Confira a seguir histórias de empresários e executivos que respiram futebol no dia a dia, torcendo fanaticamente por seu time — alguns deles, por mais de um clube.

Rogério Zampronha, presidente da Schneider

Time: São Paulo

O carioca Rogério Zampronha morou até os 4 anos perto do Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro. A proximidade com a sede do Fluminense não o impediu de se tornar um “são-paulino roxo”.

“Tenho preto, vermelho e branco impregnados no corpo”, diz Zampronha, que guarda em seu escritório — a sede da Schneider, fabricante de equipamentos elétricos, na capital paulista — uma camisa autografada por vários jogadores do São Paulo.

A metamorfose de tricolor fluminense em tricolor paulista ocorreu com sua mudança para o bairro do Brooklin, em São Paulo. Pela proximidade, Zampronha passou a frequentar o Estádio do Morumbi (foto) e se tornou fã do folclórico atacante Serginho Chulapa, titular da seleção brasileira na Copa de 1982. “Ele era horrível, mas nós o adorávamos.”

José Renato Ponte, presidente da Porto Novo

Time: Flamengo

Um dos episódios mais marcantes da infância de José Renato Ponte, presidente da Porto Novo, concessionária do Porto Maravilha — programa de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro —, está ligado ao Flamengo.

José Renato Ponte, presidente da Porto Novo (Germano Lüders/EXAME)

Aos 5 anos, seu pai o levou pela primeira vez ao Estádio do Maracanã (foto)  para assistir a um clássico Fla-Flu. Foi a primeira de uma série de emoções como rubro-negro. Ele viu de perto a ascensão de um de seus maiores ídolos, Zico, que disputou três Copas do Mundo.

No início dos anos 80, Zico liderou o Flamengo no título do Mundial Interclubes. “Era um time de encher os olhos”, diz Ponte, que mantém em seu escritório, no cabide de pendurar o terno, a camisa do time. 

Marcelo Alecrim, presidente da Ale

Times: ABC e Botafogo 

Futebol, futebol. Negócios à parte. Presidente da quarta maior distribuidora de combustíveis do país, a Ale Combustíveis, Marcelo Alecrim é torcedor do ABC, de Natal. Mas o primeiro time que patrocinou no Rio Grande do Norte foi o Corinthians de Caicó.

“Pensei: como vou aparecer mais? Patrocinando um time da capital, que sempre ganha, ou um time do interior, que nunca conquistou um título?”, diz Alecrim (na foto, no Museu do Futebol, em São Paulo). A aposta deu certo.

Marcelo Alecrim, presidente da Ale (Germano Lüders/EXAME)

O Corinthians de Caicó foi campeão estadual em 2001 e promoveu a marca Ale. Depois disso, a empresa  patrocinou clubes como Flamengo, Vasco e Botafogo — este último o time preferido de Alecrim entre os maiores do país.

Manoel Felix Cintra, presidente do Indusval

Time: Corinthians

Um bom indicador do estado de espírito de Manoel Felix Cintra, presidente do Banco Indusval, é a escultura de Dom Quixote em seu escritório. Se o cavaleiro de La Mancha estiver empunhando a bandeira do Corinthians, em vez da tradicional lança, é sinal de que o time venceu na véspera — e há grande chance de Cintra estar de bom humor.

Manoel Felix Cintra, presidente do Indusval (Germano Lüders/EXAME)

Corintiano desde criança, ele se envolveu ainda mais com o clube nos últimos anos, quando foi vice-presidente da gestão que construiu o Estádio do Itaquerão. Como torcedor, sua maior emoção foi assistir à conquista do título do Mundial Interclubes em Tóquio, em 2012. “Foi um ano inesquecível”, diz o banqueiro (na foto, no Parque São Jorge, sede do Corinthians).

Luiz Carlos Calil, presidente da Caterpillar

Times: XV de Piracicaba e Palmeiras

Luiz Carlos Calil,  presidente da fabricante de máquinas Caterpillar, era nos anos 70 um esforçado médio-volante da Flor do Anastácio, time amador da Lapa, bairro paulistano onde nasceu.

Hoje, Calil manifesta sua paixão pelo esporte torcendo pelo Palmeiras, seu time da infância, e pelo XV de Piracicaba, cidade onde vive desde 1976 (na foto, no estádio do clube). Às vezes atua como comentarista em rádios locais.

Luiz Carlos Calil, presidente da Caterpillar (Germano Lüders/EXAME)

“Como entendo de futebol, me chamam para comentar as partidas.” Só se sente dividido quando o XV, patrocinado pela Caterpillar, joga com o Palmeiras, como ocorreu no Campeonato Paulista deste ano. “Como o Palmeiras já estava classificado, torci pelo XV”, diz Calil, que está pendurando as chuteiras — ele se aposenta em junho, após 45 anos de batente na Caterpillar.

Theo Van Der Loo, presidente da Bayer

Times: Santos, Vasco e Bayer Leverkusen

Filho de holandeses, Theo van der Loo, presidente no Brasil da empresa química alemã Bayer, viveu a infância em São Paulo nos tempos em que Pelé e o Santos reinavam nos gramados brasileiros.

Theo Van Der Loo, presidente da Bayer (Germano Lüders/EXAME)

Aos 12 anos, embarcou com os pais para a Europa e depois morou nos Estados Unidos. “Saí do Brasil com o Santos no coração”, diz o executivo (na foto, em frente ao Estádio do Pacaembu).

De volta ao Brasil, nos anos 80, tomou gosto também pelo Vasco da Gama, por influência de um dos filhos. E, como não poderia deixar de ser, torce também pelo Bayer Leverkusen, equipe alemã mantida pela Bayer. A empresa fornece parte dos material usado na Brazuca, a bola oficial da Copa de 2014.

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