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Fim da era sem anúncios

Inserções em novelas, streamings e espaços ganham importância na receita de emissoras e serviços por assinatura

Vale Tudo: 200 milhões de reais com inserções “naturais” de anunciantes, feitas pelos próprios atores em cena (TV Globo/Divulgação)

Vale Tudo: 200 milhões de reais com inserções “naturais” de anunciantes, feitas pelos próprios atores em cena (TV Globo/Divulgação)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de Casual

Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 06h00.

Um banner ali, um vídeo de cinco segundos lá. A impressão que 2025 deixa é que, no próximo ano, vai ser muito difícil viver sem anúncios — até mesmo pagando a mais para não vê-los.

Enquanto as campanhas de marketing ficam mais criativas (e lucrativas), o espaço sem propaganda diminui. A Globo viu a receita de Vale Tudo chegar a 200 milhões de reais com inserções “naturais” de anunciantes, feitas pelos próprios atores em cena. Foram 23 marcas com o título — imagine como será com o Big Brother Brasil, que já fechou 18 cotas de patrocínio para 2026.

Os streamings, mesmo em pacotes sem anúncios — que custam bem mais do que aqueles com propaganda —, encontraram maneiras de inseri-los na tela inicial. A Netflix fez 11 bilhões de dólares de receita entre abril e junho com sua plataforma para anunciantes, um crescimento de 15,9% em comparação a 2024, e espera dobrar o valor até o começo de 2026. Os concorrentes acompanham, com boa parte da receita já proveniente do pacote com propaganda. Fora das telas, os anúncios tomaram os espaços físicos. Totens de rua viraram outdoors, ativações de marca em pontos de ônibus já quase ocupam os bancos — e cada vez mais as mensagens das empresas fazem parte do programa do fim de semana.

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