Goowdwood: A obra de arte de Gerry Judah, que leva os carros às alturas
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2019 às 05h20.
Última atualização em 18 de julho de 2019 às 15h17.
Goodwood Festival of Speed, em West Sussex, no sul da Inglaterra, reúne de forma impressionante o passado, o presente e o futuro para os apaixonados por automobilismo. O famoso autódromo local foi inaugurado em 1948, na propriedade do conde Freddie Richmond.
Nos anos 50 e 60, diversas provas foram disputadas lá, incluindo as 9 Horas de Goodwood. Até que em 1970 veio a tragédia: o piloto de Fórmula 1 Bruce McLaren morreu durante um teste. E o circuito foi então abandonado.
Foi em 1993 que o neto do duque, Charles Gordon-Lennox, o duque de Richmond, ressuscitou o espírito das antigas provas de automobilismo e inaugurou por lá o FoS, iniciais para Festival of Speed de Goodwood. Começou com uma curta prova de subida de montanha, de apenas 1,16 quilômetro, e logo se tornou meca de peregrinação de amantes de duas e quatro rodas.
De lá para cá, o festival vem crescendo e se tornando mais atraente ano após ano: se a primeira edição reuniu pouco mais de 20 000 visitantes para ver a corrida de subida de montanha, hoje o número chega à marca de incríveis 150 000 para apreciar também as novidades que as montadoras levam ao evento, um pouco como acontece nos grandes salões de automóvel do mundo.
A cada ano, uma marca é destaque nos quatro dias de festival. Neste ano foi a inglesa Aston Martin, celebrando os 70 anos desde sua primeira corrida em Goodwood, com um modelo DBR1 içado às alturas na imponente escultura criada pelo artista britânico Gerry Judah. No ano passado, a obra abrigou seis modelos icônicos da Porsche em homenagem também a seus 70 anos.
Se compararmos com os famosos festivais de música que passam pelo feed de seu Instagram, o FoS segue a mesma receita. Troque a música por sons de motores e antigos alto-falantes que narram as corridas, e os palcos por estandes das montadoras que têm a oportunidade de apresentar suas novidades ao mundo.
Foi o caso da Porsche, que já havia mostrado o protótipo de seu carro 100% elétrico chamado Mission E, e lá revelou o Taycan, seu nome definitivo, pelas mãos do piloto Mark Webber na subida de Goodwood.
Dificilmente você conseguirá ver em algum outro lugar um Bugatti 57SC Atlantic Coupe de 1938, com apenas quatro unidades produzidas pela montadora francesa; os modelos de Fórmula 1 da Jordan, Benetton e Ferrari pilotados por Michael Schumacher; e o novo Volkswagen ID. R, novo modelo elétrico da montadora alemã, que bateu o recorde de tempo na subida de montanha, intocado havia anos, de 39,9 segundos.
Goodwood, como é simplesmente chamado pelos fãs de automobilismo, é um evento para destacar no calendário, uma ode à paixão de homens e mulheres pela velocidade, onde fumaça de combustão e íons de lítio convivem em harmonia no mesmo espaço de tempo e no mesmo lugar.