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Casa Gucci. Saiba o que esperar do novo filme estrelado por Lady Gaga

Em nome do pai, do filho e da Casa Gucci. Essa é a prece recitada pela personagem de Lady Gaga, condenada por mandar matar o fundador da grife italiana, no filme de Ridley Scott

Adam Driver e Lady Gaga como o casal Gucci. (Divulgação/Divulgação)

Adam Driver e Lady Gaga como o casal Gucci. (Divulgação/Divulgação)

JS

Julia Storch

Publicado em 18 de novembro de 2021 às 06h00.

Última atualização em 27 de novembro de 2021 às 20h51.

CINEMA

Em 2019, Lady Gaga subiu ao palco do Oscar para receber a estatueta na categoria de Melhor Música Original do filme Nasce uma Estrela — mas não levou o prêmio mais cobiçado, o de Melhor Atriz. Após dois anos, ela retorna aos cinemas com um papel muito mais desafiador, o de Patrizia Reggiani, a italiana que encomendou o assassinato do marido, Maurizio Gucci, interpretado por Adam Driver no filme A Casa Gucci.

Baseado no livro The House of Gucci: a Sensational Story of Murder, Madness, Glamour and Greed, de Sara Gay Forden, o elenco do longa conta ainda com Al Pacino interpretando Aldo Gucci, Jeremy Irons como Rodolfo Gucci, e Jared Leto, irreconhecível, como Paolo Gucci. A mexicana Salma Hayek, esposa de François-Henri Pinault, presidente da Kering, grupo de luxo proprietário da Gucci, também dá as caras como Giuseppina “Pina” Auriemma, amiga de Reggiani, que acabou sendo condenada a 25 anos de prisão acusada de organizar o ­assassinato de Maurizio.

Se polêmicas familiares são o tema central do longa, seria difícil não tê-las no backstage. Patrizia, neta de Aldo Gucci, desaprovou completamente a caracterização dos atores como seus familiares. À Associa­ted Press ela disse estar ultrajada com as fotos de Leto, careca, vestindo um terno lilás: “Horríveis, horríveis. Me sinto ofendida”.

A bisneta de Guccio Gucci fez outras críticas ainda além da estética “em nome da família”. “Eles estão roubando a identidade de uma família para ter lucro, para aumentar a renda do sistema de Hollywood... Nossa família tem uma identidade, privacidade. Podemos conversar sobre tudo. Mas há uma fronteira que não pode ser ultrapassada.”

A “viúva negra”, como Reggiani ficou conhecida na época do crime, também ficou insatisfeita com a produção. “Estou bastante incomodada com o fato de Lady Gaga estar me interpretando no novo filme de Ridley Scott sem ter tido a consideração e a sensibilidade para vir me encontrar”, disse à agência de notícias italiana Ansa. “Não é uma questão econômica. Não vou ganhar um centavo com o filme”, completou. Reggiani está em liberdade desde 2016, após cumprir 17 anos da pena total de reclusão.

Com locações nos Alpes do Valle d’Aosta, Lago de Como, Milão e Roma, A Casa Gucci conta com atuações impecáveis em uma história verídica, e também tem como atrativo os figurinos de época. Foi um crime brutal, sim — mas com muito glamour. A estreia nos cinemas está marcada para 25 de novembro.


MÚSICA

Hello, it’s me 

(Sony Music/Divulgação)

Após cinco anos sem apresentações, Adele retornará aos palcos do Reino Unido no próximo verão europeu. No setlist, as músicas do álbum 30, que será lançado no dia 19 deste mês. O single Easy On Me já contabilizou 115 milhões de visualizações no YouTube em uma semana desde o lançamento. O efeito Adele atingiu até a moda. Ao sair em uma revista vestindo um espartilho, as buscas pela peça da designer Vivienne Westwood aumentaram 73%, segundo o site Lyst.

30 | Adele | Sony Music | Disponível em Streaming


EXPOSIÇÃO

Obama vai ao museu 

(LACMA/Divulgação)

Em uma mostra itinerante por cinco cidades americanas, a Obama Portraits Tour chega enfim à costa oeste do país, no Los Angeles County Museum of Art (LACMA). Com pinturas de Barack Obama produzidas pelo artista Kehinde Wiley, e da ex-primeira-dama Michelle LaVaughn Robinson Obama por Amy Sherald, a mostra será complementada com outra exposição, Black American Portraits, que coloca em evidência artistas negros americanos a partir do século 19.

LACMA — 5905 Wilshire Blvd, Los Angeles | Obama Portraits Tour, até 2 de Janeiro | Black American Portraits, até 17 de abril


LITERATURA

Novos horizontes

Para além do algoritmo, a livraria digital Dois Pontos oferece títulos de editoras grandes e pequenas, como a Fósforo | Julia Storch

(Divulgação/Divulgação)

“Ir a uma livraria é um prazer insubstituível. Tem as pessoas, o café que você toma, a conversa com o livreiro”, comenta Ciça Pinheiro, idealizadora e responsável pela comunicação da Dois Pontos. Mais do que um site de venda de livros, Pinheiro e a amiga de infância e diretora de operações Ana Paula Rocha decidiram criar uma livraria online, com recomendações feitas por pessoas, e não algoritmos. “Nossa proposta é levar uma experiência mais humanizada ao leitor”, comenta Pinheiro.

Para quem está aberto a recomendações de leituras fora da bolha existem três modelos disponíveis de assinaturas. Mensalmente são enviados livros de ficção na categoria Histórias Irresistíveis e de não ficção na categoria Bússola. E neste mês serão enviados os primeiros livros da parceria com a Flip, com curadoria de títulos feita com a feira literária.

Na seleção de publicações estão tanto editoras grandes como independentes. É o caso da recém-lançada Editora Fósforo. Fundada por Fernanda Diamant, Rita Mattar e Luís Francisco Carvalho Filho, a editora fez do limão da pandemia uma limonada, já que houve uma maior dedicação à leitura no confinamento. Até o final do ano serão publicados 24 livros. Para o ano que vem, a meta é lançar 30 livros, além de outros dez títulos de poesia em parceria com a Editora Luna Parque.  

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