Marcelo Navarini, diretor financeiro e de operações da Bling: empresa foi ao Brás buscar clientes (Natalia Bortolot/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 24 de agosto de 2023 às 06h00.
O negócio da Bling é todo digital, mas, para este ano, a empresa resolveu ir atrás do cliente nas ruas para impulsionar a Black Friday. A plataforma de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, fornece um software para que negócios digitalizem suas operações. O foco da companhia criada há 15 anos são os pequenos e médios empreendedores, que antes de terem sistemas digitais ainda organizavam suas empresas no “caderninho”.
Recentemente, a Bling pegou 50 funcionários e foi até o Brás, em São Paulo, um dos principais polos de confecção de peças de vestuário do Brasil. O objetivo foi apresentar as soluções aos empreendedores de lá. “Resolvemos fazer isso com alguma antecipação à Black Friday porque é agora que os empreendedores começam a organizar estoques, mercadorias e preços”, diz Marcelo Navarini, diretor financeiro e de operações. Ele conta que a principal publicidade do negócio é digital, mas neste ano quiseram diversificar a captação de clientes.
A Bling está sob o guarda-chuva da Locaweb, empresa com 600.000 clientes e que teve receita líquida de 1,2 bilhão de reais em 2022. Para se organizar para a Black Friday, também reforça a infraestrutura digital e faz testes de cargas de usuários e de expectativas de pedidos.
O negócio não quer que o site dos clientes caia durante uma das principais datas de compra do ano. E para o vendedor? A dica é se organizar, catalogar bem os produtos e estudar quais são as margens de lucro e os itens com pouco giro, que podem ser escoados durante o evento. Também é recomendável negociar com fornecedores para conseguir baixar os preços. “Mas é importante entender o impacto financeiro dessa eventual estratégia na empresa”, diz Navarini. “Calcular isso é fundamental para desempenhar bem na Black Friday.”