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A Deloitte estima que o ecossistema que envolve os celulares (da venda de aparelhos à comercialização de apps) deverá ter receita de 900 bilhões de dólares

Manifestantes em Hong Kong: as pessoas passam, em média, 3 horas por dia no celular, 50% mais do que em 2016 | Laurel Chor / AFP /  (Laurel Chor/AFP)

Manifestantes em Hong Kong: as pessoas passam, em média, 3 horas por dia no celular, 50% mais do que em 2016 | Laurel Chor / AFP / (Laurel Chor/AFP)

AJ

André Jankavski

Publicado em 13 de fevereiro de 2020 às 05h00.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2021 às 15h43.

O mercado de smartphones está próximo de alcançar o faturamento de 1 trilhão de dólares. Para este ano, a consultoria britânica Deloitte estima que todo o ecossistema que envolve os celulares (desde a venda de aparelhos até a comercialização de aplicativos e publicidade) deverá representar uma receita de 900 bilhões de dólares — o trilhão pode chegar já em 2021. O que chama mais a atenção é o crescimento da publicidade na área: pela primeira vez, os anúncios em smartphones e tablets vão superar a publicidade realizada em televisão.

O total do investimento? Cerca de 180 bilhões de dólares. O aumento tem explicação: as pessoas ficam cada vez mais conectadas em seus aparelhos móveis. Uma pesquisa feita pela consultoria americana App Annie no ano passado mostrou que as pessoas ficavam, em média, 3 horas por dia no celular — 50% mais do que em 2016. Gigantes como Google e Facebook, que capturam os dados de navegação dos usuários para fazer propaganda personalizada, conseguem abocanhar 85% da verba publicitária.

“O domínio dessas empresas não será tão grande no futuro com o crescimento de outros aplicativos e outros serviços. É um mercado que ainda está no início”, diz Marcia Ogawa, sócia da área de tecnologia, mídia e telecomunicações da Deloitte.

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TECNOLOGIA

Robôs serviçais

Robô em Istambul: setor de serviços ultrapassa indústria | Islam Yakut / Getty Images)

Os robôs já são uma realidade na indústria, mas 2020 deve ser o primeiro ano em que o setor de serviços será líder na área. Se, até 2016, a indústria dominava a área, o crescimento médio de 60% ao ano dos robôs serviçais fará com que o jogo vire até dezembro.

A área de logística foi a maior responsável pela virada: metade dos robôs do setor está em armazéns de empresas como a americana Amazon e a alemã DHL. O varejo, porém, também corre para não ficar para trás: a rede de supermercados Walmart, por exemplo, já tem mais de 1.000 lojas com robôs atuando em funções como abastecimento de prateleiras e limpeza de chão. O levantamento foi feito pela consultoria Deloitte.

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