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Filmes biográficos ganham cena no Oscar com foco em personagens femininas

Selecionamos três filmes biográficos que valem o play e as indicações para 2022

Kristen Stewart revive Diana se divorciar do príncipe Charles (Divulgação/Divulgação)

Kristen Stewart revive Diana se divorciar do príncipe Charles (Divulgação/Divulgação)

JS

Julia Storch

Publicado em 23 de março de 2022 às 15h00.

Nos últimos 26 anos, a atriz vencedora do Oscar também foi indicada ao SAG Awards. Neste ano, Jessica Chastain foi a vencedora do prêmio do sindicato dos atores pelo filme Os Olhos de Tammy Faye e está entre as indicadas na mesma categoria no Oscar, ao lado de Kristen Stewart. Mas Stewart, que vive a princesa Diana em Spencer, é vista como azarona, justamente por não constar em nenhuma categoria do SAG Awards.

Além desse termômetro para a premiação mais famosa de Hollywood, que acontece no dia 27 de março, outra tendência que vem ganhando destaque nos prêmios são os filmes biográficos. Entre as cinco concorrentes ao troféu de Melhor Atriz do SAG, por exemplo, apenas um filme não é baseado em história real, A Filha Perdida, uma adaptação da obra de Elena Ferrante. Com isso, selecionamos três filmes biográficos que valem o play e as indicações para 2022.

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Spencer

Aos 12 anos, Kristen Stewart estrelava seu primeiro longa. Ao lado de Jodie Foster, a americana viveu a pequena Sarah no suspense O Quarto do Pânico. Neste ano, Stewart estará pela primeira vez entre os rostos que concorrem na categoria de Melhor Atriz no Oscar por reviver o aguardado filme em que interpreta a princesa do povo, Diana Frances Spencer, seu nome de solteira. Em 111 minutos atuando com olhos marejados, cabeça baixa e praticamente sozinha em cena, Stewart revive o que possivelmente aconteceu no feriado de Natal de 1991, antes de Diana se divorciar do príncipe Charles. Nos cinemas.


King Richard: Criando Campeãs

(Divulgação/Divulgação)

Por trás do sucesso de Venus e Serena Williams está um homem: Richard Williams (Will Smith). O patriarca é decisivo na história das irmãs, da infância simples em Compton, Los Angeles, aos 121 títulos somados. Anos antes de ser pai, Richard escreveu um plano de 78 páginas sobre como tornar as filhas, que ainda teria, em campeãs­ mundiais. Com dois empregos, além do trabalho doméstico, a matriarca Oracene Williams (Aunjanue Ellis) também tem papel fundamental na trajetória das filhas. Ellis concorre como Melhor Atriz Coadjuvante. O filme, com trilha sonora de Beyoncé, concorre em seis categorias. Na HBO Max.


Apresentando os Ricardos

(Glen Wilson/2021 Amazon Content Services LLC/Divulgação)

Fama, dinheiro e aclamação. Uma das mulheres mais famosas da televisão americana na década de 1950, Lucille Ball (Nicole Kidman) também esteve no centro da perseguição aos comunistas. Arte e vida real se misturavam no dia a dia de Ball. Casada com o cubano Desi Arnaz (Javier Bardem), a atriz quebrava os estereótipos da época ao trazer luz sobre temas como a necessidade de haver mulheres em cargos dominados por homens e a igualdade de direitos. Mesmo dando vida a uma personagem cômica, Ball tinha uma relação dramática com o marido por trás das câmeras, repleta de traições, idas e vindas. No Amazon Prime Video.


Exposição

Arte visceral 

(Divulgação/Divulgação)

Desde 2008, quem visita os 140 hectares do Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais, pode fazer uma imersão no trabalho de Adriana Varejão em uma galeria exclusiva da artista. Quem estiver em São Paulo, a partir de 26 de março, também poderá apreciar mais de 60 obras da artista carioca que desembarcam na Pinacoteca do Estado, na mais abrangente mostra da artista, Adriana Varejão: Suturas, Fissuras, Ruínas. Entre os trabalhos estão colunas e paredes azulejadas com interior de vísceras e carne expostas.

Adriana Varejão: Suturas, fissuras, ruínas | Pinacoteca do Estado de São Paulo | de 26 de março a 1o de agosto


Livro

As observações do multiartista 

(Divulgação/Divulgação)

“Fooquedeu” foi o que Nuno Ramos ouviu de Mira Schendel ao visitá-la pouco antes de sua morte, em resposta às palavras dele sobre a trajetória da amiga artista. Agora a frase vira o título do compilado de histórias vividas por Ramos entre abril de 2016 e as eleições de 2018. Iniciando o diário partindo da montagem de uma instalação em Belo Horizonte, o artista plástico, compositor e autor traz observações sobre o país, de crônicas como a morte de um morador de rua eletrocutado às últimas eleições presidenciais.

Fooquedeu (um diário) | Nuno Ramos | Editora Todavia | 69,90 reais


Arte

Do óleo sobre tela aos NFTs

Maior feira de arte nacional, a SP-Arte retorna à Bienaldo Ibirapuera para a sua 18a edição | Julia Storch

Bienal de São Paulo: presencial novamente (Leo Eloy/Divulgação)

Em 2022 o mercado das artes acompanha momentos distintos entre o passado e o futuro, com o centenário da Semana de Arte Moderna e o crescimento das vendas de arte digital via tokens não fungíveis (NFTs). Nesse contexto, após dois anos de pandemia e crise no setor, a maior feira de arte nacional, a SP-Arte, retorna à Bienal do Ibirapuera em abril. Depois de uma edição virtual e outra híbrida nos últimos dois anos, a feira terá quatro dias de duração, 100 galerias de arte, sendo nove internacionais, e 30 galerias de design. Para Fernanda Feitosa, fundadora da SP-Arte, “todo o setor está mobilizado para retornar ao nosso festival, que, para muitos galeristas, representa cerca de 30% das vendas do ano”.

Com obras custando até 1 milhão de reais, como as famosas bandeirinhas de Alfredo Volpi, e pinturas a óleo do modernista Di Cavalcanti, a feira terá obras à venda via NFT, que vem ganhando destaque desde o ano passado. Para Noah Horowitz, diretor das Américas da feira Art Basel, “a mania do NFT está presente na consciência do público, mas as raízes são ainda mais profundas, com colecionadores expressando um interesse amplo em arte digital, filmes e trabalhos de vídeo como parte de seu escopo de coleta hoje em dia”.  

SP-Arte | de 6 a 10 de abril | Pavilhão da Bienal, Parque Ibirapuera, São Paulo | de 25 a 50 reais

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