(Leonardo Yorka/Exame)
Gilson Garrett Jr
Publicado em 19 de agosto de 2021 às 05h37.
Última atualização em 12 de setembro de 2021 às 15h41.
Entre as capitais pesquisadas pela FipeZap para a EXAME, Curitiba teve o maior aumento nos preços, com alta de 12,84% nos 12 meses até julho. O preço médio do metro quadrado chegou a 7.034 reais. A explicação passa pelo momento aquecido do mercado imobiliário na capital paranaense. Mesmo com a pandemia, o estoque de imóveis residenciais para venda caiu de 6.100 unidades em 2020 para 5.740 neste ano.
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A forte retomada teve como um dos principais fatores a baixa taxa de juro do financiamento imobiliário, diz Fábio Tadeu Araújo, sócio-consultor da Brain Inteligência Estratégica. Mas não foi só isso.
“O aumento nos preços foi puxado também pela mudança do perfil de imóvel. Incorporadoras passaram a lançar empreendimentos mais caros e sofisticados, enquanto em outros segmentos houve queima de estoque. Isso diminuiu a oferta e, como consequência,
os preços subiram acima da inflação.”
Na avaliação do consultor, a cidade de Curitiba tem escassez de empreendimentos econômicos. Um dos fatores que desestimularam o planejamento de unidades de um quarto foi a alta nos preços do material de construção. Para garantir o retorno, é necessário lançar condomínios com uma centena de unidades, o que nem sempre é possível pela falta de terrenos ou pelas restrições de altura dos prédios pelo Plano Diretor Municipal.
Uma alternativa foi olhar para as cidades da Região Metropolitana, como fez a construtora Rottas com o lançamento de condomínios de 300 a 400 unidades. “Em dez anos de existência batemos recorde de vendas em alguns meses na pandemia. As pessoas em teletrabalho aceleraram a procura e a compra de um imóvel”, afirma João Felipe Mora, diretor de operações da Rottas.
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