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Ioga: veja cinco motivos para começar a praticar

Vanessa Castanho, vice-presidente da Citroën na América do Sul, encontrou na ioga o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional

Vanessa Castanho: exercícios em casa pela praticidade e uso de aplicativos e de aulas gravadas (Eduardo Frazão/Exame)

Vanessa Castanho: exercícios em casa pela praticidade e uso de aplicativos e de aulas gravadas (Eduardo Frazão/Exame)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 17 de novembro de 2022 às 06h00.

Última atualização em 23 de agosto de 2024 às 17h15.

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Foi necessário apenas um tapete para transformar os hábitos de Vanessa Castanho, vice-presidente da ­Citroën na América do Sul. Não se trata de um item de decoração garimpado em uma viagem ou de uma peça herdada de família, mas de um simples tapete de borracha para ioga — ou um mat, no jargão anglicista da prática indiana.

Há nove anos a executiva se dedica aos asanas, ou posturas, sendo os últimos três anos exercitando-se em casa. “Chega um ponto na vida em que você precisa cuidar não só do corpo mas da mente também. É lógico que todo exercício ajuda, porque libera hormônios como endorfina e serotonina. Mas eu senti que precisava de alguma coisa  mais”, afirma Castanho.

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O primeiro contato com a atividade não foi tão atraente como a executiva esperava. Ao entrar no estúdio, o instrutor comentou que a prática era voltada também para a melhora da performance. “Quando ele me falou isso eu pensei: ‘Não, eu não quero melhorar minha performance. Eu já tenho performance demais no trabalho. Eu quero ter mais bem-estar e fortalecimento’. E aí eu entendi que, fazendo isso, obviamente também melhorava a performance”, conta.

O mesmo aconteceu com a entoação dos mantras. À primeira vista, sem entender a cantoria na aula, Castanho sentiu preconceito com o exercício, ao seu ver infantilizado. Mas a atividade a fez refletir sobre o que era proposto nas aulas.

“Quando você estuda, entende por que está fazendo aquilo. Esse empenho está relacionado até com o papel do líder, que é dar sentido às coisas. E ali o meu professor estava dando sentido à atividade, porque eu estava sentada batendo palminha, cantando uma música que não entendia. Quando você entende que está emitindo um som que desbloqueia a energia, isso passa a fazer bem para sua saúde física e mental.” 

O método de ioga que Castanho pratica é chamado de swásthya. A prática é dividida em oito partes, cada qual com uma função, que envolve exercícios de força, equilíbrio, flexibilidade e controle mental. “Esse conjunto de técnicas acaba influenciando tanto na vida pessoal como na vida profissional. Não busquei a prática por respostas, mas para ter um equilíbrio maior entre o corpo e a mente.”

Nos últimos três anos Castanho passou a praticar ioga em casa, pela praticidade. Em viagens a trabalho, costuma fazer a atividade sobre as toalhas dos hotéis em que se hospeda. “Não é exatamente a mesma coisa, mas funciona”, diz.

A executiva utiliza aplicativos de ioga e assiste a aulas gravadas. Para ela, a ioga tem a vantagem da simplicidade em comparação a outras atividades físicas, que precisam de pelo menos um tênis na mala. “A ioga dá flexibilidade, porque em 20 minutos você consegue fazer alguma coisa que vai fazer diferença no seu dia.”

A ioga também mudou a perspectiva de Castanho em outros aspectos do cotidiano. O controle da dor é um deles. Em vez de tomar remédios, ela prefere aliviar o incômodo por meio de movimentos corporais. “Se estou com dor na lombar após tantas horas de voo, por exemplo, faço posições de ioga que me ajudam a liberar a dor”, diz. “Não é que eu nunca tome remédio, mas, de dez vezes que precisaria, acabo tomando uma.”

Já no trabalho a ioga trouxe para a executiva a serenidade necessária para lidar com as situações e controle da ansiedade. “A superansiedade é ruim, mas tem aquela ansiedade que move, que faz você buscar as coisas e ser ambiciosa. A ioga me trouxe esse balanço de saber lidar melhor com as dificuldades e as adversidades que aparecem e que fazem parte da vida”, diz a executiva, que tenta passar esses ensinamentos para os colaboradores da Citroën.

“Conversamos muito sobre o equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional e o nosso bem-estar. As empresas existem, temos compromissos e prazos. Mas também temos o poder de priorizar as necessidades. As pessoas se tornam mais criativas e felizes porque também têm outra vida além da profissional”, afirma.

A Citroën é a nona marca em vendas no Brasil, com uma participação de 1,51% do mercado até o mês de outubro. Para crescer, a empresa francesa aposta no recém-lançado Citroën C3, com investimento global de 1 bilhão de reais.

O veículo é o primeiro do projeto C-Cubed, que lançará mais dois modelos nos próximos dois anos. A Citroën também acompanha as tendências do mercado em diferentes segmentos, incluindo o de veículos elétricos, com o ë-Jumpy. A ordem na companhia é acelerar — mas sempre com muito equilíbrio, como ensina Castanho.  

Cinco motivos para começar a prática

→ Corpo e mente

“A ioga melhora o equilíbrio físico e emocional, o que traz benefícios para diferentes aspectos da vida profissional e da vida pessoal”

→ Uma prática completa

“A ioga trabalha corpo e mente, e assim reforça a ligação entre eles”

→ Relações interpessoais

“É uma atividade que acalma e inspira melhorias em vários âmbitos”

→ Estímulo ao autoconhecimento

“Você sempre tem algo para aprender sobre si”

→ Praticidade

“A ioga pode ser feita em qualquer lugar”

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