O CEO Altair Silvestre: preparação para o leilão do 5G no ano que vem (Leandro Fonseca/Exame)
É possível dizer que quando a veterana Intelbras resolveu ir à bolsa, há pouco mais de nove meses, sabia exatamente o que estava fazendo. E, a julgar pelo último balanço de 2020, apresentado pouco antes da estreia no mercado, o lucro líquido de 190% acima do resultado do ano anterior deixou registrado que se tratava de um movimento mais do que certeiro.
“As telecomunicações foram essenciais na pandemia. Aproveitamos esse momento”, afirma Rafael Boeing, diretor financeiro da Intelbras. “Nosso portfólio de equipamentos de automação doméstica e segurança ganharam interesse do consumidor, que estava mais em casa. Esse departamento respondeu por 53,7% da receita em 2020.”
Outra boa estratégia foi investir em parcerias. A mais recente foi o compartilhamento de tecnologias com a americana Qualcomm. A ideia, nesse caso, é garantir que a empresa catarinense tenha papel de destaque no desenvolvimento e na pulverização das tecnologias de internet de próxima geração. A ideia é aproveitar ao máximo o leilão do 5G.
“Temos um relacionamento próximo com provedores de internet e operadoras de telefonia. Isso vai permitir sairmos bem no desenvolvimento do 5G”, afirma o CEO Altair Silvestre. A Intelbras também está de olho no potencial da agenda verde, cada vez mais relevante. O segmento de energia, que oferece até usinas solares, já cresceu 86% e responde por 10% das vendas da empresa.