Revista Exame

Marketplace foca no entretenimento para atrair consumidores

Essa é a proposta do Tuddu, marketplace de lojas populares de roupa do Brás e do Bom Retiro, em São Paulo

Zhu Xiao Yang, fundador da Tuddu, e Flavia Pavanelli, sócia da Youse (Eduardo Frazão/Exame)

Zhu Xiao Yang, fundador da Tuddu, e Flavia Pavanelli, sócia da Youse (Eduardo Frazão/Exame)

JS

Julia Storch

Publicado em 15 de julho de 2021 às 05h45.

Última atualização em 19 de julho de 2021 às 15h56.

Abra o aplicativo, divirta-se jogando e acumule pontos que podem ser trocados por descontos e produtos. Essa é uma das diversas ferramentas que estarão disponíveis do Tuddu, e-market­place lançado pelo empresário Zhu Xiao Yang. Com mais de 6.000 peças de 40 lojas do comércio popular do Bom Retiro, em São Paulo, a empresa também possui uma marca proprietária, a Youse, que acaba de lançar sua primeira coleção assinada pela influenciadora e sócia da marca Flavia Pavanelli.

Lançada em maio, a empresa oferece produtos tanto para os consumidores finais quanto para o atacado. “Os lojistas do Brás e do Bom Retiro nunca se preocuparam em se digitalizar porque sempre faturaram muito bem nas lojas de rua”, explica Zhu. “Mas sofreram durante a pandemia, e alguns tentaram se aventurar na internet montando seus e-commerces. O custo é alto e, mesmo com plataformas bonitas e superfáceis de navegar, não tinham tráfego.” Como sócio e fundador da Feira da Madrugada, o maior polo de venda em atacado no Brasil, Zhu recebeu um pedido de ajuda de parte dos comerciantes.

A empresa também atua como intermediadora com importadores e fabricantes, com um centro de distribuição. O objetivo é possibilitar o acesso do consumidor final aos produtos por um preço mais acessível, ao pular algumas etapas da cadeia. Para atrair ainda mais os consumidores, mais do que oferecer frete grátis para compras acima de 100 reais, a empresa se volta para ferramentas de vendas online por entretenimento.

O jogo Star Rising, por exemplo, é uma espécie de Candy Crush que converte pontos em descontos, sorteios e promoções. Outro recurso são as live commerces, apresentações virtuais das peças. Além de nomes de peso, como Jojo Todynho, Sabrina Sato e Flavia Pavanelli, que juntas acumulam mais de 66,5 milhões de seguidores no Instagram, o e-marketplace também convida microinfluenciadoras com até 30.000 seguidores nas redes sociais para criar suas próprias lojas online.

Com um showroom no bairro Jardim Europa, as influenciadoras podem marcar um horário para experimentar as mais de 4.000 peças disponíveis, utilizar o estúdio de fotografia para produção de campanhas e compartilhar com as seguidoras seus looks preferidos. O serviço, batizado de ­Tuddu Lab, que inclui a criação de uma página no site da Tuddu, é gratuito, e as influenciadoras ficam com 10% das vendas feitas por meio de suas URLs.

O Tuddu pretende fechar o segundo semestre com valor bruto de 50 milhões de reais em faturamento. Para 2022, a expectativa é dez vezes maior, de 500 milhões de reais. Prova de que o marketplace não está para brincadeira.  


(Publicidade/Exame)

Acompanhe tudo sobre:e-commerceGamesIndústria de roupasJogosLojasPromoçõesRoupas

Mais de Revista Exame

Melhores do ESG: os destaques do ano em energia

ESG na essência

Melhores do ESG: os destaques do ano em telecomunicações, tecnologia e mídia

O "zap" mundo afora: empresa que automatiza mensagens em apps avança com aquisições fora do Brasil

Mais na Exame