Revista Exame

Com cara de relógio

A nova versão do smartwatch da TAG Heuer tem a aparência de um modelo mecânico com toda a tecnologia para a prática de esportes

Mostrador touchscreen: simulação de modelos clássicos da marca | Divulgação /  (Divulgação/Divulgação)

Mostrador touchscreen: simulação de modelos clássicos da marca | Divulgação / (Divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2020 às 05h15.

Última atualização em 12 de março de 2020 às 05h15.

Não se avistam preços nas vi­­tri­nes da loja da TAG Heuer na Quinta Avenida, em Nova York, e a explicação é bem simples. “Se ficassem expostos, poderiam afastar a clientela sem que tivéssemos a chance de argumentar por que nossos relógios valem quanto custam”, diz Michael Henry, o diretor da flagship.

Ele não parecia ligar para o frio congelante e ­para a chuva fina daquela manhã na qual a reportagem visitou a loja, uma das mais bem-sucedidas da relojoaria suíça. “Quando o visitante compreende o que está em jogo, o preço vira detalhe”, conclui, ao fim da gélida explanação diante da fachada.

Transferida para o lado de dentro, a conversa envereda para o atual lançamento da marca, que a EXAME conheceu em primeira mão poucas horas depois na sede americana da grife, em Manhattan. Trata-se de uma versão aprimorada do TAG Heuer Connected, que foi apresentado cinco anos atrás e ganhou uma edição voltada para ­praticantes de golfe no ano passado.

“Aqueles que se tornam clientes da marca dificilmente a trocam por ­outra”, acredita Henry. “Agora terão um smartwatch à altura dos grandes modelos mecânicos.”

Desenvolvido em parceria com o Google, o novo Tag Heuer Connected guarda poucas semelhanças com o badalado Apple Watch, que muitos, no entanto, consideram incompatível com roupas e situações formais. Na aparência, não deve nada aos aparelhos com ponteiros da grife suíça, pertencente ao grupo LVMH desde 1999.

“A Apple vende mais relógios do que toda a indústria suíça exporta, o que muitos enxergam como uma ameaça”, afirma Frédéric Arnault, diretor de estratégia e do departamento digital da TAG Heuer. “Já nós consideramos uma oportunidade incrível para alcançar novos consumidores.” Frédéric é o quarto filho de Bernard Arnault, presidente e acionista majoritário da LVMH, além de ser o quarto homem mais rico do mundo.

Com caixa de titânio ou aço inoxidável de 45 milímetros, a novidade preserva os detalhes característicos dos cronógrafos da TAG Heuer, a exemplo dos encaixes facetados. Protegida por um cristal de safira à prova de riscos, a tela touchscreen pode mimetizar digitalmente os mostradores de cinco relógios clássicos da marca, como o Carrera Heuer 01 número um, com o qual a maison se aproximou da mítica prova de automobilismo de mesmo nome no México.

Uma desvantagem em relação aos smartwatches da Apple e da Samsung, com quem a grife entrou na briga pelos pulsos das novas gerações: por não dispor de alto-falante, o novo TAG Heuer Connected não faz ligações telefônicas.

O gadget é compatível com os sistemas iOS e Android, pode ser pareado com fones de ouvido wireless e tem 8 GB de memória para armazenar músicas do Spotify e aplicativos como o Google Pay. O microfone localizado no lado esquerdo da caixa permite acionar o tradutor do Google e o conhecido assistente virtual do buscador.

Desenvolvido pela grife, um aplicativo integrado ao GPS e ao monitor de batimentos cardíacos, entre outros sensores, ajuda os praticantes de corrida, caminhada, ciclismo, musculação e golfe a computar os resultados e a melhorar e comparar suas performances — as futuras versões do software já preveem a inclusão de outros esportes.

O aparelho também emite alertas relacionados à agenda do proprietário e ao vaivém meteorológico, além de permitir acesso a e-mails. “A navegação foi profundamente refinada para que o produto seja tão intuitivo e fácil de usar quanto possível”, completa Frédéric, da TAG Heuer.

O relógio vem acompanhado de um carregador de fácil encaixe — a carga total da bateria leva 1 hora e meia —, de uma pulseira de aço ou borracha preta e de um aplicativo que possibilita diversas customizações da interface com a ajuda do smartphone. Esmiuçada a novidade, já podemos informar o preço, para seguir a fórmula da loja de Nova York: a partir de 9.310 reais.


UM GÁS NA PERFORMANCE

Outros gadgets para ajudar no desempenho esportivo | Fotos: Divulgação

CODECHAOS

Decidida a redefinir como um tênis de golfe deve ser, a Adidas estudou a maneira como os praticantes do esporte distribuem o peso do corpo ao manejar o taco e desenvolveu uma sola de borracha com inserções de poliuretano que favorecem a estabilidade.

Com versões masculina e feminina, o CodeChaos ainda tem revestimento à prova d’água e dispõe de um sistema de microajuste feito com a ajuda dos cadarços.

US$ 180, adidas.com


INSTA360 ONE R

A fabricante de câmeras de ação Insta360 se aliou à Leica para tentar criar o mais bem-sucedido equipamento fotográfico. A novidade está equipada com um sensor de 1 polegada capaz de capturar vídeos com resolução de 5.3 K e fotografias de 19 megapixels.

A nova câmera pode ser usada embaixo d’água a até 5 metros de profundidade, tem ótima estabilização e faz registros impecáveis em ambientes com pouquíssima iluminação.

US$ 549,99, store.insta360.com


CX SPORT

De nada adianta um fone wireless voltado para esportes cuja bateria não dura nem meia hora e que cai da orelha a todo momento. Daí o sucesso deste novo modelo da Sennheiser, que promete autonomia de até 6 horas — o carregamento completo leva 1h30 — e oferece ajustes ergonômicos satisfatórios.

Pode ser emparelhado simultaneamente a dois dispositivos e dispõe de três botões para gerenciar volume, músicas e chamadas.

R$ 781,99, pt-br.sennheiser.com  

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