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Cheiro de negócio: as viagens e inspirações para a criação da Nutty Bavarian

Com faro apurado durante viagem internacional, Adriana Auriemo trouxe ao Brasil um novo modelo de negócio

Adriana Auriemo, da Nutty Bavarian:”Viajar, observar  e testar ideias é fundamental para manter a relevância da marca” (Nutty Bavarian/Divulgação)

Adriana Auriemo, da Nutty Bavarian:”Viajar, observar e testar ideias é fundamental para manter a relevância da marca” (Nutty Bavarian/Divulgação)

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 19 de dezembro de 2024 às 06h00.

Foi o cheiro adocicado das castanhas caramelizadas durante um jogo de basquete que levou Adriana Auriemo, anos depois, a trazer o conceito da Nutty Bavarian para o Brasil. “O aroma foi o que me encantou lá fora e também a chave para construir a marca no Brasil. É a nossa principal ferramenta de marketing”, diz a fundadora.

A história da marca de castanhas glaceadas começa nos anos 1990, quando Adriana estava de férias com a família nos Estados Unidos. Durante os intervalos do jogo de basquete do Orlando Magic, a família corria para comprar mais castanhas. A curiosidade a levou a conhecer o fabricante do equipamento que, mais tarde, seria adquirido por sua tia e traria o conceito para o Brasil. Assim nasceu o primeiro quiosque da Nutty Bavarian, em Campos do Jordão.

O modelo inicial seguiu o padrão americano: as castanhas eram servidas em cones de papel. No entanto, o negócio não decolava. A apresentação americana não estava funcionando por aqui. A empreendedora decidiu viajar para a Alemanha em busca de novas inspirações. Foi na região da Baviera que ela viu que as castanhas eram expostas de forma aberta e servidas quentes. “Foi uma revolução para nós. Percebemos que o primeiro modelo não se conectava com o público brasileiro. A adaptação foi a chave para o nosso crescimento”, diz.

A Nutty Bavarian não apenas consolidou seu modelo de quiosques — hoje com 170 unidades fixas e 40 móveis — como também se diversificou para outros mercados. A marca entrou no food service, oferecendo castanhas caramelizadas para saladas e pratos quentes, além de expandir sua presença no varejo com produtos prontos e embalagens personalizadas. Durante a pandemia, essa adaptação foi ainda mais importante.

A estratégia de diversificação tem mostrado resultados. A companhia espera terminar o ano com faturamento de 92 milhões de reais, crescimento de 30%. A marca espera superar 200 quiosques e atingir 1.000 pontos de venda no varejo até 2025. “Estamos sempre atentos ao mercado global. Viajar, observar e testar ideias é fundamental para manter a relevância da marca”, diz a empreendedora. 


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