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Por que iniciativas com foco no S, de ESG, devem ter protagonismo em 2022

Em linha com a COP26, tópicos como justiça climática e estresse devem se tornar alvo de empresas

Projetos sociais: antes de defini-los, a CPFL consultou as comunidades locais (CPFL/Divulgação)

Projetos sociais: antes de defini-los, a CPFL consultou as comunidades locais (CPFL/Divulgação)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 16 de dezembro de 2021 às 05h15.

Última atualização em 26 de dezembro de 2021 às 16h13.

As iniciativas com foco no “S” do ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança) ganharão força em 2022. Mais do que uma ação social pontual, a letra “S” representa a busca das empresas por construir laços fortes com clientes, funcionários, fornecedores e a comunidade em que estão inseridas. A tendência ganhou força na pandemia. As companhias colocaram a mão no bolso e doaram bilhões em prol do combate ao vírus e da garantia à vida — só a filantropia brasileira levantou mais de 7 bilhões de reais contra a pandemia, de acordo com a ABCR, associação de captação de recursos.

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O olhar para as pessoas ganhou ênfase na COP26, a conferência do clima realizada em Glasgow, na Escócia, em novembro. A líder indígena brasileira Txai Suruí, de 24 anos, abriu o evento conclamando a humanidade à justiça climática, termo em alta entre defensores de uma redução imediata nas emissões de carbono a fim de preservar o planeta para as gerações futuras. Parte relevante desses esforços envolve também reduzir as desigualdades sociais — afinal, está cada vez mais clara a relação entre a pobreza e a adoção de tecnologias antiquadas e poluidoras — e as empresas serão convocadas a fazer a parte delas.

“As empresas estão começando a enxergar as comunidades locais como stakeholders muito importantes”, diz Alessandra Frisso, diretora da consultoria Com Licença, dedicada à responsabilidade social corporativa.

Da porta para dentro, os negócios serão cada vez mais cobrados a abraçar a diversidade da mão de obra — e a criar metas para a inclusão. No Brasil, 76% das empresas dizem levar o tema como prioridade, segundo pesquisa de 2020 da consultoria PwC. Dito isso, só 26% estipulam objetivos para o tema. O ano também deverá ser marcado por um olhar mais atento à saúde mental, outro legado nocivo da pandemia.

Numa pesquisa do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados, 70% dos entrevistados disseram estar mais nervosos, tensos ou preocupados na pandemia. Seis em cada dez entrevistados trabalham em negócios sem nenhum suporte contra o problema. Em 2022, o desafio será tirar tudo isso do papel.

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