A empreendedora Gabriela Marin: eventos na BR Marinas atraíram clientes (Fabio Cavalcanti/Divulgação)
Leo Branco
Publicado em 20 de janeiro de 2022 às 05h35.
Última atualização em 20 de janeiro de 2022 às 10h59.
A empreendedora Gabriela Marins lidou com o desafio de aumentar o fluxo de pessoas nas unidades da BR Marinas, empresa do Rio de Janeiro com oito unidades no estado. A principal fonte de receita da BR Marinas é a cobrança de aluguel de donos de embarcações estacionadas por ali. A escalada de custos, aliada a um desejo de testar novos modelos de negócios, levou Marins a pensar em outras maneiras de ganhar dinheiro com esses espaços.
Uma aposta foi abrir as portas das marinas para a realização de eventos, como shows e festas, sem ligação com os encontros esportivos já feitos no local desde o início da companhia, em 1999. A medida transformou algumas unidades em points badalados, como a Marina da Glória, um dos cartões-postais do Rio. “Há casos de quem virou velejador depois de conhecer nossas unidades em algum dos eventos”, diz.
O agito aumentou as vendas nos bares e restaurantes instalados dentro das marinas. A aposta ajudou a BR Marinas a aguentar firme o mar revolto da pandemia. Em 2021, a empresa faturou 80 milhões de reais — alta de 16% sobre o ano anterior. Com mais gente nova chegando, Gabriela pôde investir em projetos de longo prazo, como uma agenda ESG capaz de reduzir a pegada ambiental da BR Marinas e, de quebra, conscientizar a clientela sobre o tema. Na lista está o investimento numa usina de dessalinização da água na Marina da Glória e na Verolme, em Angra dos Reis. “É uma solução eficaz contra a escassez de água potável de fontes tradicionais”, diz.
Em outra frente da agenda de sustentabilidade, a empresa investiu em placas solares no teto dos hangares e píeres, além de comprar energia limpa diretamente do mercado livre. A ambição é ter 97% da energia consumida na BR Marinas vinda de fontes limpas.