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Café Hotel surfa na onda do café in natura

Quarentena e home office impulsionam a procura por grãos especiais

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 (Arte/Exame)

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Daniel Salles

Publicado em 24 de setembro de 2020 às, 05h56.

O lugar certo, na hora errada. Para a cafeteria da dupla, o publicitário Sergio Barros e seu sócio, Caio Tucunduva, especialista em torrefação de cafés, elegeram uma casinha no badalado Baixo Pinheiros, em São Paulo. O salão com tijolos aparentes, o extenso balcão, o piano vertical e o sofá com acabamento capitonê reforçam a atmosfera pretendida, a de um lounge de um hotel. O nome do espaço, afinal, é Café Hotel, o mesmo da marca de cafés especiais.

Torrados ali, os grãos são arrematados de pequenos produtores enraizados em cidades como Piatã, na Bahia. “É como se estivéssemos ‘hospedando’ cafés de várias regiões”, diz Barros. A escolha de um nome palatável em outros idiomas se deve aos planos de expansão. “É impossível achar os cafés especiais daqui em cidades como Buenos Aires ou Paris, nas quais um espaço chamado Café Hotel teria tudo para vingar.” O negócio até ganhou uma hashtag: #NoMoreBadCoffee.

Só faltou combinar com a pandemia. Inaugurado em março, o Café Hotel logo precisou se restringir ao delivery. Mas não é que a procura pelo café in natura cresceu mesmo assim? Dos 120 quilos vendidos em abril, o endereço passou para 1 tonelada em agosto. “A quarentena favoreceu os cafés especiais, que na correria do dia a dia eram preteridos pelos que exigem menos tempo de preparo”, diz Tucunduva.

Em agosto, o IBGE divulgou uma pesquisa que aponta o café como o alimento mais consumido pelos brasileiros. Em média, ingerimos 163,2 gramas do produto por dia. Depois vem o feijão, com 142,2 gramas diários, se­guido do arroz, com 131,4 gramas. Comparativamente, a população bebe cinco vezes mais quantidade de café do que cerveja. Os cafés especiais correspondem a 5% do volume total.

Os pessimistas preveem um ano de queda. “O hábito de comprar um latte ou um cappuccino para viagem pouco existe no Brasil”, afirma Vanusia Nogueira, que dirige a BSCA. Por outro lado, em mercados e e-commerce as vendas cresceram 40%. O ano, portanto, pode terminar mais positivo do que o previsto.

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