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Dados e Ideias — As startups estão cada vez mais maduras

O ecossistema de empreendedorismo inovador está amadurecendo rapidamente no Brasil

Google Campus: espaços compartilhados de trabalho ajudam a promover o crescimento das startups | Germano Lüders /

Google Campus: espaços compartilhados de trabalho ajudam a promover o crescimento das startups | Germano Lüders /

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2018 às 05h00.

Última atualização em 24 de maio de 2018 às 05h00.

O ecossistema de empreendedorismo inovador está amadurecendo rapidamente no Brasil. Essa é uma das principais conclusões da primeira edição do Censo de Startup, compilado pela plataforma de conteúdo para empreendedores StartSe. Foram ouvidos 2 900 fundadores de empresas de tecnologia, investidores e outros agentes do mercado de startups no Brasil. “Ainda há pouca gente com negócios sólidos, já lucrativos, mas esse número tem aumentado rapidamente”, diz Pedro Englert, presidente da StartSe. Levando em consideração que 70% das 779 startups analisadas na pesquisa foram fundadas em 2016 e 2017, a média de idade dessas empresas é de dois anos e cinco meses. Mesmo assim, o país já tem muitos casos de empresas escalando seus negócios e recebendo investimentos grandes. O número de startups que já provaram seu modelo de negócios ou ampliaram as vendas soma mais da metade, um indicador importante de como esse mercado está evoluindo. Outros 43% ainda estão na fase de idealização do produto ou fazendo os testes de validação do modelo de negócios. Além disso, um quinto das empresas já recebeu mais de 500 000 reais em investimentos e metade se diz pronta para operar em outros mercados. As startups que se encontram em estágios mais avançados de desenvolvimento tendem a receber mais investimentos. A maturidade também pode ser explicada pela senioridade dos executivos. Ao contrário do que se espera, os fundadores não são tão jovens — a média de idade é de 34 anos.

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SALÁRIOS

QUEM ESTÁ NO SERVIÇO PÚBLICO SOFRE MENOS

Funcionários públicos: a crise afetou menos o rendimento dos servidores com ensino superior | Renata Mello/Reuters

O Brasil se recupera lentamente de uma forte crise, quando muitas pessoas ficaram sem reajustes no salário e milhões perderam o emprego. O resultado foi que o rendimento médio dos trabalhadores no país caiu bastante desde que a economia começou a degringolar. A situação, no entanto, foi bem menos dramática para os servidores públicos. Um estudo da consultoria iDados, focada em capital humano, mostra que o rendimento médio desses trabalhadores teve uma queda de 0,6% nos últimos cinco anos, já descontada a inflação. No caso do trabalhador da iniciativa privada, a redução foi de 4,7%. Dessa forma, os trabalhadores do setor privado chegaram a 2017 com um rendimento médio que era 18% inferior ao daqueles que estavam no setor público. Pior, no entanto, foi a situação das classes menos protegidas: os informais tiveram queda do rendimento médio de 7%, e os que trabalham com registro por conta própria, de 19%. “O setor público é mais rígido: precisa abrir concursos ou contratar por salários mais baixos para registrar uma queda dos rendimentos”, diz Thaís Barcellos, pesquisadora do iDados.

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SEGURANÇA

JOVENS ASSUSTADOS

Periferia no Brasil: temor da violência | Bruno Santos/Folhapress

A violência é a maior preocupação dos jovens da chamada geração do milênio, nascida entre 1983 e 1994, segundo um estudo da Deloitte com 10 455 jovens de 36 países, sendo 307 deles do Brasil. Há, porém, uma diferença entre os jovens dos países desenvolvidos e os que moram em emergentes. Enquanto o primeiro grupo teme mais a violência causada por atos de terrorismo, o segundo enfatiza a preocupação com crimes e segurança pessoal. Entre os temas em comum nos dois grupos ainda estão o desemprego, as mudanças climáticas e a desigualdade de renda. Os jovens dos países desenvolvidos temem também guerras e os dos emergentes estão bastante preocupados com a corrupção.

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