Revista Exame

Carta de EXAME — A razão de existirmos

Cinquenta anos se passaram desde que chegamos pela primeira vez às mãos de nossos leitores. E como o Brasil e o mundo mudaram!

O que está mudando o mundo e os negócios: temas das cinco edições especiais dos 50 anos de EXAME (Reprodução/Exame)

O que está mudando o mundo e os negócios: temas das cinco edições especiais dos 50 anos de EXAME (Reprodução/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2017 às 13h17.

Última atualização em 30 de novembro de 2017 às 11h22.

Cinquenta anos se passaram desde que chegamos pela primeira vez às mãos de nossos leitores. E como o Brasil e o mundo mudaram! Lá fora, em 1967, a Guerra Fria dividia ideologicamente o planeta e se estendia até fora dele, na corrida espacial entre americanos e russos. Os jovens na Europa e nos Estados Unidos faziam uma revolução nos costumes. Computador era algo distante e podia ser chamado de cérebro eletrônico. Celulares e internet nem passavam pelo pensamento.

Aqui, no país de 86 milhões de habitantes, quatro de cada dez adultos eram analfabetos. Quase metade da população vivia nas áreas rurais. Os automóveis eram relativamente poucos nas ruas. A televisão brasileira só transmitia imagens em preto e branco. Nesse ambiente, EXAME começava a circular na forma de um boletim de economia encartado em revistas técnicas da Editora Abril.

O produto interno bruto per capita de 3.800 dólares classificava o Brasil na faixa das nações pobres. Mas os negócios no país estavam em ebulição. Um plano de reformas patrocinado pelo governo militar começava a dar frutos, controlando a inflação e dando impulso ao crescimento, que chegaria ao pico de 14% seis anos depois. Logo viria um poderoso pacote de investimentos na infraestrutura de rodovias, energia e telecomunicações. Uma classe média e um mercado de consumo afluiriam nos anos seguintes.

A expansão das empresas, a evolução da gestão, a análise do comportamento do consumidor, as novidades da tecnologia, a escalada das finanças passaram a ser retratadas por EXAME, sempre com o olhar também no que viria à frente e que deveria merecer a atenção de seu público de empreendedores, executivos e estudiosos. Assim a revista conquistou seu espaço e ganhou relevância, estabelecendo-se como a principal publicação do Brasil sobre a economia e os negócios.

Corte para 2017. Num mundo em que o eixo parece estar se deslocando, os Estados Unidos continuam a ser um centro de poder, mas é a China agora seu contrapeso. O Brasil, depois de décadas de altos e baixos, tenta achar a saída para uma nova fase de progresso material, que ainda nos faz muita falta. As transformações se tornaram vertiginosas, especialmente as trazidas pela tecnologia.

Nesta edição, a quinta e conclusiva da série especial iniciada em agosto para a celebração dos 50 anos de EXAME, as reportagens e entrevistas feitas aqui, na Alemanha, na China, nos Estados Unidos e na Nova Zelândia mostram como as estratégias de negócio e as próprias empresas estão se moldando aos novos tempos e quais as tendências que devem trazer outras mudanças à frente.

Neste meio século de que fomos testemunhas e participantes da ação a um só tempo, uma coisa, porém, temos a certeza de que não mudou: a razão de existirmos. Nosso propósito continua a ser, por meio do bom jornalismo — esteja ele gravado em papel ou digitalmente —, ajudá-lo a compreender melhor o mundo a seu redor — e iluminar o que está por vir. Foi assim ontem, é assim hoje — e assim será por quanto tempo merecermos o privilégio de sua companhia.

Acompanhe tudo sobre:EXAME 50 AnosRevista EXAME

Mais de Revista Exame

Linho, leve e solto: confira itens essenciais para preparar a mala para o verão

Trump de volta: o que o mundo e o Brasil podem esperar do 2º mandato dele?

Ano novo, ciclo novo. Mesmo

Uma meta para 2025