Revista Exame

Franquia 007 deve ter mais diversidade no 25º longa

Filmes enfrentam concorrência cada vez mais dura com o Universo Marvel, que lidera o ranking de franquia mais lucrativa

"007 — Sem Tempo para Morrer": filme custou 200 milhões de dólares para ser produzido.  (Divulgação/Divulgação)

"007 — Sem Tempo para Morrer": filme custou 200 milhões de dólares para ser produzido. (Divulgação/Divulgação)

G

GabrielJusto

Publicado em 16 de setembro de 2021 às 05h37.

Nem parece, mas lá se vão 15 anos desde que Daniel Craig estreou no papel de James Bond, em Casino Royale. De lá para cá, o ator viveu o espião britânico outras três vezes e, agora, se prepara para sua quinta e última aventura no papel. Em 30 de setembro, após sucessivos adiamentos, finalmente chega às telonas 007 — Sem Tempo para Morrer, que marca a despedida de Craig e provoca discussões sobre o futuro do personagem como o conhecemos hoje.

Inovação abre um mundo de oportunidades para empresas dos mais variados setores. Veja como, no curso Inovação na Prática

O 25º longa da franquia começa com James Bond curtindo a aposentadoria na Jamaica. Até que um velho amigo da CIA quebra o clima de sossego ao pedir sua ajuda para encontrar um cientista desaparecido. Juntos, os espiões descobrem um inimigo armado com uma supertecnologia capaz de acabar com o mundo.

Apesar de ter se imaginado “fisicamente incapaz” de rodar um quinto filme como Bond, Craig se recuperou da lesão no joelho nas gravações de 007 Contra Spectre, em 2015, e topou o desafio pela última vez. De lá para cá, especula-se quem poderia dar continuidade a um dos personagens mais icônicos da história do cinema. Com a tradicional série Doctor Who sendo protagonizada por uma mulher já há duas temporadas, poderia uma atriz ser escalada para o papel? Ou uma pessoa não branca?

“Não estou particularmente interessada em pegar um personagem masculino e colocar uma mulher para interpretá-lo. Acho que as mulheres são muito mais interessantes do que isso”, disse Barbara Broccoli, que produz a franquia desde 1983. Já Anthony Horowitz, autor dos livros mais recentes do 007, afirmou que Idris Elba (o cara mais legal de Hollywood, segundo a Vanity Fair) não seria o ator negro ideal para o papel por parecer “muito bruto” e “das ruas”.

O ator ficou decepcionado com o comentário e, mesmo sem um convite, acabou declinando dos rumores. “Não preciso disso”, disse ele.

Com uma fórmula já conhecida e a pouca disposição para trazer Bond para os novos tempos, haveria ainda algum espaço para a quarta franquia cinematográfica mais lucrativa de todos os tempos (foram cerca de 10 bilhões de dólares desde o primeiro filme) continuar no páreo com o Universo Marvel, que ocupa o topo do ranking com toda a sua diversidade de heróis? Talvez seja esse o grande desafio de James Bond daqui para a frente.

Enquanto 30 de setembro não chega e nada se sabe sobre o que vem depois, os fãs da série podem começar a matar a saudade de Daniel Craig com o Ser James Bond, disponível na Apple TV. O documentário remonta a trajetória do mais longínquo James Bond da história com cenas inéditas dos bastidores do ator em 007 — Sem Tempo para Morrer e nos outros longas da série. Bom, agora, sim… Bom descanso na Jamaica, Mr. Bond!

Acompanhe tudo sobre:DiversidadeFilmesJames Bond

Mais de Revista Exame

Borgonha 2024: a safra mais desafiadora e inesquecível da década

Maior mercado do Brasil, São Paulo mostra resiliência com alta renda e vislumbra retomada do centro

Entre luxo e baixa renda, classe média perde espaço no mercado imobiliário

A super onda do imóvel popular: como o MCMV vem impulsionando as construtoras de baixa renda