Revista Exame

Presidente da Red Hat aposta na nuvem para crescer no Brasil

Migração deve permitir forte expansão da empresa, um ano e meio depois de ter sido adquirida pela IBM

Gilson Magalhães, da Red Hat no Brasil: companhia busca mais mercados depois de ter sido comprada pela IBM por 34 bilhões de dólares em 2019 (Divulgação/Divulgação)

Gilson Magalhães, da Red Hat no Brasil: companhia busca mais mercados depois de ter sido comprada pela IBM por 34 bilhões de dólares em 2019 (Divulgação/Divulgação)

FS

Filipe Serrano

Publicado em 11 de fevereiro de 2021 às 05h37.

Um ano e meio depois de ser vendida para a IBM por 34 bilhões de dólares, num dos maiores negócios do mundo da tecnologia, a desenvolvedora americana de softwares Red Hat agora quer levar seus produtos a mais empresas. É o que diz Gilson Magalhães, executivo que comanda as operações no Brasil, na entrevista a seguir. 

Inovação abre um mundo de oportunidades para empresas dos mais variados setores. Veja como, no curso Inovação na Prática

O que mudou na empresa desde que a aquisição da Red Hat pela IBM foi concluída? 

A Red Hat tem uma origem técnica. Fazendo uma analogia do passado, ela é como se fosse uma fabricante de virabrequim, a peça que faz girar o pistão no motor de um carro. Ninguém a vê, mas é uma peça de engenharia espetacular. A gente vendia Linux para servidor. É uma ferramenta fundamental, mas ninguém via.

Com nossa maior participação na transformação digital, nós precisamos falar com o C-Level, falar com os tomadores de decisão. Precisamos sair de dentro do motor e entregar peças mais relevantes. Quando a IBM se aproximou, a gente já estava fazendo isso.

E a IBM tem a tradição de entregar uma solução completa de TI. Ela complementou nosso discurso. Lembrando que a Red Hat se mantém independente. 

Qual tem sido o resultado?

Há cada vez mais projetos com participação das duas empresas. Nos Estados Unidos, tivemos um desempenho extraordinário na conexão com a IBM. Isso ocorre no Brasil também. E a IBM tem clientes com longo histórico de serviço. Ela pode nos inserir em alguns projetos, o que aumenta muito nossa escala, além de ser positivo para a marca. A conexão com a IBM nos projeta e dá visibilidade. 

A maior demanda por computação em nuvem conta a favor?

Nosso grande negócio é exatamente o movimento na direção da nuvem, de todos os tipos. Nuvem é nosso barato hoje. A gente tem o software que permite criar uma nuvem. Seja para a empresa que queira criar uma nuvem privada, seja para um grande provedor que queira criar uma nuvem para servir outras empresas, como uma operadora de telecomunicações.

A gente provê também o software que vai permitir que se venda a nuvem. 

O receio das empresas com o código aberto ficou no passado?

Diria que sim. A maioria das empresas que olha para o futuro procura se preocupar mais com a dor do cliente e menos com a forma de resolver essa dor. As empresas estão migrando para um modelo de soft­ware como serviço. E essas aplicações embutem módulos de código aberto em soluções proprietárias. É uma mudança que veio para ficar.  


(Publicidade/Exame)

Acompanhe tudo sobre:Computação em nuvemcultura-de-empresasEmpresasSoftware

Mais de Revista Exame

Linho, leve e solto: confira itens essenciais para preparar a mala para o verão

Trump de volta: o que o mundo e o Brasil podem esperar do 2º mandato dele?

Ano novo, ciclo novo. Mesmo

Uma meta para 2025