Benjamin Steinbruch, CEO da CSN: “Trabalhamos duro para chegar aqui" (Leandro Fonseca/Exame)
Victor Sena
Publicado em 20 de outubro de 2021 às 22h00.
Última atualização em 28 de outubro de 2021 às 11h45.
Ícone da industrialização brasileira, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) é comandada pela família Steinbruch desde sua privatização, nos anos 1990. No início deste ano, a companhia estreou sua divisão de mineração na bolsa. Hoje, a CSN Mineração S.A. é a segunda maior exportadora de minério de ferro do Brasil.
A expectativa do CEO Benjamin Steinbruch é em dez anos triplicar a produção de minério para 100 milhões de toneladas anuais. “Temos hoje um produto que atende à principal demanda do mercado mundial, que é uma concentração de ferro alto e com baixo teor de poluição”, diz.
Apesar de 2020 ter começado com volumes menores de produção nas minas, os preços em alta da commodity compensaram as vendas mais baixas e fizeram o faturamento da CSN Mineração disparar. Em 2020, a receita líquida da CSN Mineração cresceu 26%, totalizando 13,7 bilhões de reais, mesmo com vendas 19% abaixo do patamar de 2019. Tudo isso ajudou o grupo a faturar 30 bilhões de reais em 2020, alta de 18% sobre 2019.
A boa fase ajudou o grupo a reduzir o endividamento. No início de 2020, a dívida líquida era 4,1 vezes o Ebitda. Agora, o valor está abaixo de 1. “Há muito tempo estamos trabalhando duro para conseguir chegar a esse resultado. Sempre íamos ao mercado e todos nos diziam que adoravam a CSN, adoravam a história da CSN, mas que a percepção de risco tinha mudado e que, hoje, uma empresa para ser considerada de baixo risco tinha de ter uma alavancagem de quase zero. Observamos isso, nos preparamos e chegamos a esse estágio agora em 2021”, explica o CEO Benjamin Steinbruch.