Roberto Monteiro e Nelson Queiroz: Prio atinge produção recorde de barris e vê receita saltar (Marcio Mercante/Exame)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 17 de setembro de 2024 às 21h10.
Última atualização em 19 de setembro de 2024 às 15h43.
Em um setor que está ligado ao que ocorre em todo o mundo, como guerras e conflitos, da Europa ao Oriente Médio, a Prio busca na constância de um trabalho de longo prazo conseguir fortes resultados.
Focamos muito ter uma margem de segurança elevada, porque não importa para onde o vento for, estaremos bem preparados”, diz Nelson Queiroz Tanure, chairman da companhia.
Entre os pilares para os dados acima do esperado no ano, a empresa focou a produção eficiente, com a revitalização dos campos para que eles tenham uma vida útil maior e sejam mais eficientes. A consequência foi um custo de extração por barril de 6,90 dólares em dezembro de 2023, o menor valor desde o início das operações da empresa e um dos menores da indústria petrolífera no Brasil.
Além disso, a Prio buscou verticalizar o negócio, dando um passo na cadeia ao entregar o óleo diretamente para o cliente final, o que fez uma grande diferença para o resultado. O efeito foi uma alta de 53% na receita em relação a 2022, atingindo 11,9 bilhões de reais. O lucro líquido da companhia chegou a 5,1 bilhões de reais no período.
“Quando começamos, em 2015, o mercado falava que éramos o patinho feio do setor”, diz Roberto Monteiro, CEO da Prio. “No começo produzimos 6.000 barris por dia e agora chegamos à marca importante de 100.000 barris por dia”, acrescenta.
Sobre o futuro, a companhia tem uma visão “cautelosamente otimista” e afirma que está preparada para a transição energética. “Vamos fazer valer todo grão de esforço, de capital, de planejamento, para continuar com o crescimento mais sustentável em todos os sentidos da palavra, seja no Brasil, seja começando a olhar para fora do país”, diz Tanure.