Daniel Randon, presidente da Empresas Randon: o agronegócio amorteceu efeitos da covid-19 (Germano Lüders/Exame)
Em 2019, a gaúcha Randon lançou uma carreta dotada de um eixo elétrico regenerativo, o qual classifica como uma das soluções mais disruptivas no transporte de cargas em 70 anos de história da empresa. O sistema permite recuperar a energia gerada pelo veículo durante as descidas e usá-la como suporte nos aclives.
“Dependendo da rota e da carga, pode diminuir em até 25% o consumo de combustível”, afirma Daniel Randon, presidente da Randon. O ritmo de inovações tem sido vigoroso — cerca de 80% da receita anual da empresa vem de produtos lançados nos últimos cinco anos.
A Randon Implementos e Participações, que produz os reboques e semirreboques, é a principal empresa do conglomerado gaúcho, respondendo por 45% de seu faturamento. Em 2019, a receita atingiu 697,6 milhões de dólares, um crescimento de quase 16% em relação ao ano anterior, enquanto o lucro líquido superou 56 milhões de dólares.
“Foi um ano de resultados recordes, em receitas e em volumes de produção”, diz Daniel. Com o agronegócio acelerado e os caminhoneiros nas estradas, a pandemia acabou afetando de uma forma mais suave a Randon. “A tendência neste ano é repetirmos o faturamento de 2019.”