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Eleições 2010

Veja a resposta para questões sobre como lidar com funcionários que fazem campanha para seus candidatos no horário de trabalho

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2010 às 10h49.

Com a proximidade das eleições, é normal que funcionários manifestem simpatia por um ou outro candidato. Mas exagerar no engajamento pode causar constrangimento ou perda de produtividade nas equipes — geralmente muito reduzidas — de uma pequena ou média empresa. Veja como evitar isso:
 

A empresa deve permitir que os funcionários usem camisetas, broches ou bonés de candidatos?
Depende da cultura. Se os funcionários podem trabalhar com a camisa de seus times de futebol na segunda-feira, não há lógica em proibir o uso de camisetas ou outros acessórios com referências ao candidato que escolheram. No caso de profissionais com funções que requeiram uniformes ou roupas mais formais, os adereços com motivos políticos podem ser proibidos.

Distribuir propaganda dentro da empresa deve ser proibido?
Utilizar as horas de trabalho ou as ferramentas da empresa para dar apoio político-partidário — como enviar e-mails ou fazer telefonemas — não é uma atitude aceitável. Mas discussões civilizadas na hora do café ou nos corredores devem ser toleradas. Só faz sentido repreender os funcionários se manifestações acaloradas prejudicarem o clima de trabalho.
 

E se um dos funcionários for candidato a algum cargo público?
Uma saída é oferecer um espaço na empresa e um tempo do trabalho dos demais funcionários para que ele possa apresentar a todos, de uma única vez, suas propostas de campanha. Isso ajuda a evitar que o funcionário peça voto a cada um dos colegas durante o horário de expediente.

O dono da empresa deve manifestar suas preferências políticas aos funcionários?
Se o empreendedor ou a própria empresa estiverem engajados em alguma campanha — inclusive por meio de doações financeiras —, ele deve, sim, informar isso a todos. É importante deixar bem claro que as preferências de cada funcionário serão respeitadas se não coincidirem com as da empresa.
 

Fontes: Ralph Arcanjo Chelotti, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, e Francisco Guglielme, professor da FGV-Eaesp e FIA-USP

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